Uma megaoperação da Polícia Civil, em conjunto com o Grupo de Prevenção e Repressão ao Crime Organizado (Geproc), do Ministério Público do Estado (MPE), cumpriu 16 mandados de prisão no município de Tucuruí. Entre os presos estão quatro investigadores da polícia civil, sendo que dois foram identificados como "Donato" e "Santana", ambos lotados em na Delegacia de Polícia da cidade. A operação, denominada "Lago sobre névoa", ocorreu simultaneamente nos municípios de Tucuruí, Breu Branco e Belém. Todos os presos são acusados de envolvimento com o tráfico de drogas. Outros quadro mandados de prisão ainda não haviam sido cumpridos até o final da tarde de ontem. Participaram da operação os delegados Claudio Galeno, Rilmar Firmino, Silvio Maués Batista e ainda os promotores de Justiça José Augusto Nogueira Sarmento e Milton Menezes.
Com relação à prisão dos investigadores, a Polícia Civil informou que dois estavam lotados em Tucuruí e os demais no município de Breu Branco. Na delegacia de Tucuruí, estranhamente, a polícia não permitiu que fossem feitas imagens dos policiais presos. A reportagem só conseguiu fotografar os demais presos e o material apreendido. Na ação foram apreendidos dois quilos de pasta de cocaína, R$ 30 mil em dinheiro, farta quantidade de armas e munição, dois veículos automotores, um deles blindado, 20 Certificados de Registro de Licenciamento de Veículos, que serviam como garantia de pagamento de entorpecentes; 14 aparelhos celulares, uma motocicleta e várias joias.
Na residência de um dos acusados, João Cícero de Alencar, 54 anos, preso em Belém e apontado como chefe da quadrilha, a polícia apreendeu vários cheques totalizando mais de R$ 2 milhões. Na manhã de hoje, a Polícia Civil irá convocar uma entrevista coletiva para apresentar todos os presos e divulgar o balanço da operação. Todos os presos foram transferidos ontem para a Delegacia Geral em Belém. De acordo com o delegado Silvio Maués, diretor das delegacias do interior, a operação faz parte de um grande esforço concentrado da Secretaria de Segurança Pública do Pará no enfrentamento ao tráfico de entorpecentes em todo o Estado. As investigações foram presididas pelo delegado Carlos André Viana da Costa, da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) em parceria com o promotor de Justiça José Augusto Nogueira Sarmento e o juiz de Direito Cláudio Hernandes Silva Lima, de Tucuruí.
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