Representantes de hospitais e maternidades conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS), em Belém, se reúnem na próxima segunda-feira, 29, com na Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) para discutir estratégias a fim de desafogar o atendimento na maternidade da Santa Casa de Misericórdia do Pará. O anúncio foi feito pela administradora geral do Hospital Dom Luiz I (Beneficente Portuguesa), Alexandra Santos, em resposta à acusação do secretário de Saúde, Hélio Franco, de que as maternidades credenciadas ao SUS fecham as portas aos finais de semana, aumentando a pressão à Santa Casa e ao Hospital Regional Abelardo Santos. A Associação dos Hospitais de Belém participará da reunião.
A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) constatou que, na terça-feira, havia leitos para internação em unidades privadas conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS). "No Hospital da Ordem Terceira, por exemplo, há 26 leitos para o SUS. Somente 50% deles estavam ocupados. Essas informações ficam concentradas na Central de Leitos e aos finais de semana, com a redução dos profissionais de saúde nos hospitais, esta comunicação não é feita. Vamos chamar as instituições privadas para uma reunião, pois isso precisa acabar", diz o secretário de Saúde Hélio Franco, que acusou a rede privada conveniada ao SUS de fechar as portas de madrugada, na tarde da última quarta-feira, 24, em reunião com o Ministério Público Federal (MPF) e representantes da saúde pública do Estado, do Conselho Regional de Medicina (CRM) e Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa). Ficou acordado que todas as mulheres em situações de emergência obstétrica serão atendidas em qualquer hospital credenciado ao SUS. As informações da reunião foram divulgadas pela Agência Pará (www.agenciapara.com.br).
Ontem, as administrações de duas das maiores maternidades particulares conveniadas ao SUS negaram que estejam fechando as portas de madrugada e durante os finais de semana. A diretoria do Hospital da Ordem Terceira afirmou que a unidade está de portas abertas de segunda a segunda e que recebe, inclusive, pacientes enviados pela Santa Casa.
A administração geral da Beneficente Portuguesa também garantiu receber pacientes de emergência de parto mesmo quando está com a ala de obstetrícia lotada. "Hoje (ontem, 25), recebemos inclusive uma paciente sem documento, mas que estava dando à luz", disse Alexandra Santos, administradora geral, ao frisar que a Beneficente também recebe pacientes da Santa Casa. "Quando lá está lotado, eles telefonam perguntando se temos leito disponível; quando podemos atendemos à demanda", disse ela. (No Amazônia)
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