A chegada da Seleção Brasileira em Belém transformou o tédio de segunda-feira em delírio. Mesmo com chegada fracionada, a delegação brasileira arrastou torcedores para o aeroporto desde duas horas da manhã, quando chegou o técnico Mano Menezes. O frenesi continuou até o princípio da tarde, com a chegada de jogadores festejados como Ronaldinho e Neymar. A multidão, ansiosa por uma foto ou autógrafo, acompanhou o ônibus brasieliro até o hotel, e depois ocupou quase toda a arquibancada do Mangueirão para o treino leve feito na noite de ontem. Belém já vive o clima do Superclássico das Américas.
O primeiro integrante da Seleção a desembarcar no aeroporto de Belém foi o técnico Mano Menezes, às duas horas da madrugada. Logo que chegou, o treinador foi recepcionado por gritos de torcedores vascaínos pedindo por uma chance Diego Souza, que teve atuaçaõ de gala na vitória do líder do Brasileirão no domingo. O coro teve explicação: meia hora depois chegou um voo com o trio Dedé, Diego Souza e Romulo, todos do Vasco, acompanhados pelo zagueiro Réver, do Atlético-MG. Os jogadores e o técnico pararam para tirar fotos e distribuir autógrafos, e depois seguiram para o hotel.
O quinto atleta a desembarcar foi o zagueiro Emerson, do Coritiba, que chegou às 11h55. Mas a empolgação dos paraenses teve seu auge no período vespertino. Primeiro com a chegada dos jogadores dos outros clubes cariocas: às 12h40, desembaracaram os botafoguenses Jefferson, Cortês e Elkeson, o tricolor Fred e o rubro-negro Ronaldinho Gaúcho, mais um a arrastar uma multidão pelo saguão do aeroporto. O meia precisou de escolta policial para chegar ao ônibus da Seleção.
Às 14h25, a Seleção ficou completa: chegaram Neymar, Rafael, Borges e Danilo, do Santos, Ralf e Paulinho, do Corinthians, Oscar e Kléber, do Internacional, Lucas e Rhodolfo, do São Paulo. Foi nessa hora que o aeroporto quase vem abaixo: a aparição de Neymar, com seu inconfundível moicano, levou os torcedores paraenses à loucura. O jogador teve dificuldades tanto para chegar ao ônivus, quanto para desembarcar na porta do hotel, onde a Polícia Militar improvisou um cordão humano de isolamento. Foram tantas manifestações de carinho (algumas ousadas, como um cartaz com os dizeres "Delícia, casa comigo"), que o jogador usou o twitter para agradecer, postando uma foto da multidão acompanhada do texto: "Que chegada calorosa. Já me senti no estádio".
Ronaldinho e Neymar são os mais assediados pela torcida
Como já era esperado, foram os dois maiores astros do futebol nacional no momento que provocaram as maiores demonstrações de histeria coletiva. Ronaldinho Gaúcho e Neymar foram os mais assediados tanto no Aeroporto de Val-de-Cans quanto no Crowne Plaza.
Aliás, a chegada dos jogadores convocados pelo técnico Mano Menezes alterou a rotina do centro da cidade. O trânsito na Avenida Nazaré precisou ser desviado para que os dois ônibus utilizados pela delegação canarinho pudesse chegar ao hotel. O que provocou lentidão e engarrafamentos nas vias próximas desde as 11h30 até o final da tarde, quando os atletas partiram para o treinamento no Mangueirão.
Ronaldinho Gaúcho chegou por volta das 13 horas, junto com os jogadores do Botafogo (Jefferson, Bruno Cortês e Elkeson) e do Vasco da Gama (Dedé e Diego Souza). "É uma grande alegria defender a Seleção aqui e espero corresponder com esse apoio", declarou Gaúcho, enquanto era puxado e agarrado pelos fãs. Sua presença atraiu tanto as atenções, que seus companheiros de voo tiveram certa tranquilidade para passar pelo corredor montado pela Polícia Militar.
O mesmo ocorreu com Neymar, que desembarcou ao lado dos jogadores do São Paulo (Rhodolfo, Casemiro e Lucas), do Corinthians (Ralf) e dos seus colegas de Santos (Rafael, Danilo e Borges) por volta das 14h30 horas e partiu direto para o hotel da Seleção na capital paraense.
No aeroporto, centenas de pessoas esperavam o craque, que acenou para os fãs – a maioria esmagadora de adolescentes – enquanto passava pelo saguão. Já ao chegar no hotel, Neymar encontrou cerca de 300 fãs empolgados com o astro. As meninas eram maioria e gritavam uma carinhosa palavra de ordem: "Neymar, eu te amo". Mais uma vez o atacante santista retribuiu a atenção acenando para o público. (Amazõnia)
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