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sábado, 3 de setembro de 2011

Cinco grupos ingressam com registro no TRE para liderar as frentes contra divisão

Cinco grupos ingressaram ontem com um registro prévio no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para disputar a liderança das frentes que vão atuar no plebiscito sobre a divisão do Pará, que ocorrerá no dia 11 de dezembro. Faltando apenas 15 minutos para encerrar o prazo, o deputado estadual Eliel Faustino (PR) registrou a chapa que vai disputar com o colega de partido, o deputado Celso Sabino, o direito de levantar a bandeira contra a divisão do Estado do Tapajós. O racha nas Frentes do Não, que há muito vinha se desenhando nos bastidores da disputa plebiscitária, terá agora que ser dirimido pela Justiça Eleitoral.

A decisão de Eliel Faustino de encabeçar o grupo que até então vinha sendo conduzido pelo ex-secretário municipal de saúde, Sérgio Pimentel, caiu como uma bomba no comitê de Celso Sabino, que estava trabalhando em parceria com o grupo contra a criação de Carajás organizado pelo deputado federal Zenaldo Coutinho (PSDB). "Esta situação me pegou de surpresa. O Eliel assinou a adesão na nossa frente. Eu não acredito que ele possa ter mudado, vou esperar a publicação dos registros pelo Tribunal para confirmar. Fizemos uma convenção com a participação de várias lideranças e decidimos não apenas que eu seria o presidente, como também o estatuto da Frente", reclamou Sabino em entrevista por telefone, referindo-se à convenção realizada na noite de quinta-feira na sede da Associação Comercial de Belém (ACP), da qual Faustino não participou. "Ele disse que não poderia ir porque estava viajando", alegou. Sabino diz que a lista de adesão do grupo dele possui quase cinco mil assinaturas. Destas, 13 são de deputados estaduais. "Eu não acredito", repetia.

O deputado Eliel Faustino, por outro lado, contesta a informação e garante que não houve "rasteiras". "Eu assinei a Frente organizada pelo Zenaldo contra a criação de Carajás porque entendo que historicamente ele já vinha defendendo esta questão contra divisão do Pará, antes mesmo do plebiscito, mas a do Celso, não nos sentimos compromissados", afirmou.

Segundo Faustino, a decisão de abrir uma nova frente partiu do descontentamento com a forma com que vinham sendo conduzidas as discussões pelo grupo do Não. "Várias pessoas vinham se sentindo alijadas da Frente e tivemos uma conversa interna e optamos por formalizar o grupo", justificou Faustino, ressaltando que o requerimento do seu grupo reúne mais de mil assinaturas de adesão. "Mas vamos encampar várias outras lideranças", afirmou.

O impasse sobre assinaturas de adesões não se encerra em Eliel Faustino. Tanto ele quanto Celso Sabino dizem ter o apoio do também deputado Alessandro Novelino (PSC). Questionados, no entanto, se esta divisão poderia atrapalhar o andamento da campanha contrária à divisão, os dois preferem adotar um discurso mais político. "Para mim não importa ser general ou soldado, o mais importante é que o Estado não seja dividido", declarou Sabino. Faustino deu uma resposta parecida, afirmando que seu grupo sempre esteve disposto a receber novos aliados. "Eu vejo que podemos sair fortalecidos porque o importante é manter o Pará inteiro", afirmou. Eles negam que a proximidade com as eleições municipais de 2012 - e a possibilidade da consulta plebiscitária render bons dividendos eleitorais para quem quiser se projetar a prefeito - tenha sido o verdadeiro pano de fundo para o racha.

Deputados descartam abrir mão de comandar discussão

No entanto, nenhum dos dois deputados admitem- Eliel Faustino e Celso Sabino - a hipótese de abrir mão de liderar a discussão do plebiscito. "Vai ter que ser só uma frente, e esta agora vai ser uma questão para o TRE decidir", disse Sabino. De fato. De acordo com a resolução 23.347, do Tribunal Superior Eleitoral, pode ser formada até quatro Frentes, cada uma representando uma corrente de pensamento: a favor de Carajás, a favor de Tapajós, contra Carajás e outra contra Tapajós. Caso haja mais de um grupo interessado em defender uma mesma corrente de pensamento, a resolução determina que devam ser feitas convenções entre os interessados, prevalecendo como critério de desempate o maior número de votos de parlamentares no exercício de mandato estadual ou federal da representação do estado do Pará.

Além das duas Frentes contrárias à criação do Estado do Tapajós, foram formalizadas ontem no TRE a Frente contra a criação do Estado de Carajás, encabeçada pelo deputado Zenaldo Coutinho; e as frentes Pró-Carajás, do deputado federal Giovani Queiroz; e a Pró-Tapajós, do deputado federal Lira Maia.

"Esta etapa é para que os grupos manifestem o interesse de participar do plebiscito. Mas o registro definitivo mesmo só deve ocorrer no dia 12 de setembro", explicou o presidente do TRE, desembargador Ricardo Nunes. (No Amazônia)

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