Com a inauguração de um memorial em homenagem às vítimas do 11 de Setembro no Marco Zero e um reforçado esquema de segurança, os americanos celebram neste domingo em Nova York o décimo aniversário do maior atentado terrorista em território americano, responsável por quase 3 mil mortes.
Além destas vítimas, durante a guerra ao terror nesta década, 6 mil soldados americanos morreram nos conflitos no Afeganistão e no Iraque. Com um custo de US$ 4 trilhões, essas guerras, segundo estimativa da Universidade Brown, deixaram ao menos 225 mil mortos - incluindo 140 mil civis. O restante é composto por insurgentes, membros do Taleban e integrantes da Al-Qaeda. Entre eles, o líder da rede terrorista, Osama bin Laden, que morreu ao ser alvo de uma operação dos Seals, um agrupamento especial da Marinha americana, em maio.
Na ação contra Bin Laden, foram encontrados documentos indicando que a Al-Qaeda planejava atentados contra os EUA no aniversário dos ataques contra o World Trade Center e o Pentágono. Desde a quinta-feira, o FBI, a CIA e a polícia de Nova York reforçaram ainda mais as ações antiterrorismo e estão atrás de suspeitos de um plano "crível, mas não confirmado". "Também existe o temor de que um terrorista aja isoladamente", de acordo com George Friedman, da Stratfor. O próprio presidente citou essa possibilidade recentemente.
Para evitar um novo ataque, a polícia de Nova York montou um gigantesco esquema de segurança no Marco Zero, onde o prefeito Michael Bloomberg receberá hoje seu antecessor, Rudolph Giuliani, Obama e o ex-presidente George W. Bush, além dos governadores e ex-governadores de Nova York e New Jersey.
Dois espelhos d"água com cascatas de mais de 3 metros de altura e os nomes das vítimas gravados nas bordas foram construídos nos locais exatos onde estavam as duas torres destruídas no atentado.
Os primeiros a visitar serão os familiares dos mortos nos ataques terroristas. No memorial, também haverá um museu. Dos cinco prédios do futuro WTC, apenas o 7 está pronto. Mas o de número 1 e principal já chegou ao 80.º andar e pode ser considerado hoje o edifício mais alto do distrito financeiro da cidade, devendo ultrapassar o Empire State, que fica em Midtown, antes do fim do ano.
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