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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Leitorado: Menor pobre que trabalhou e venceu na vida

Sobre a postagem Ator mirim fica careca e faz Globo passar por averiguação
"Meu caro Ercio,
A matéria, de fato, tem entendimentos os mais diversos possíveis.
Venho de uma família muito pobre e, desde criança, trabalhei com meu pai, ajudando-o em suas tarefas de alfaiate. Isto também ocorreu com meus irmãos. Éramos 10 irmãos, mas nunca deixamos de estudar e de atender nossas necessidades de brincadeiras, embora com tempo limitado. Acabei me formando em eng. civil e fui admitido no BASA, de onde sou aposentado, minha irmã foi diretora de escola púiblica e meu irmão mais novo formou-se em comércio exterior. Todos os demais concluiram o ensino médio. Vejo, com certa restrição, os entraves legais para o trabalho do menor. Entendo, no entanto, que limites devem ser impostos para que efetivamente não se torne um trabalho escravo, sem chances para o menor".
José Roberto Duarte
e-mail: robertoduarte2@oi.com.br

Um comentário:

  1. Concordo com o Roberto.
    Afinal, entendo que em qualquer frente da atividade humana, TODOS OS EXTREMOS SÃO SEMPRE PERIGOSOS.

    Também venho de origem humilde e, em determinado momento da minha pré-adolescência, precisei encarar o batente para ajudar a família no combate uma voraz úlcera estomacal que, por pouco não levou o meu saudoso pai a deixar a família, rumo aos céus, mais cedo ainda do que, dezena de anos mais tarde acabaria acontecendo pelo curso natural da existência humano em corpo material.

    Quanto ao episódio relacionado ao ator mirim da Globo, entendo que, privá-lo do direito de ser coadjuvante em uma novela, é submetê-lo a um regime de escravidão porque, não tenho dúvida, é cercear parte dos seus sonhos. Quanto ao ter que ajustar o seu visual às necessidades do papel a ser vivido, paciência, paz parte da sua formação profissional como ator. Apenas uma antecipação nas etapas da vida, coisa natural com os precoces.
    Não fora por tudo o mais, entendo que não devemos deixar de considerar que, nem sempre, a idade da alma é a mesma da idade do corpo, esta sim, meramente cronológica em relação aos parâmetros de aferição do tempo, uma criação exclusiva da racionalidade humana.

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