Os ministros do Supremo argumentam que, ao propor reajuste ao Poder Judiciário, estão, na realidade, pedindo uma reposição de perdas.
O ministro do tribunal Marco Aurélio Mello afirmou na segunda-feira que a discussão girou em torno de uma "bandeira péssima", mas que seria possível contemplar o pedido se o Executivo cortasse despesas.
"É preciso enxugar a máquina administrativa e não deixar que a arrecadação vá pelo ralo com administradores corruptos", disse.
O presidente da Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil), Gabriel Wedy, disse à Folha que o aumento de gastos pelo Poder do Judiciário nos últimos anos é consequência da criação de novas vagas de juízes e servidores.
Segundo ele, o aumento de servidores e de gastos com pessoal no Judiciário é uma compensação de cerca de 20 anos de "estagnação".
Em nota, a associação disse "refutar" argumentos da presidente Dilma Rousseff, contrária aos reajustes.
Segundo dados do STF, o mais alto cargo entre os servidores do tribunal, o analista judiciário, tem salário inicial de R$ 6.551 e final de R$ 10.436. A ideia seria nivelar a remuneração do servidor do Judiciário a de um gestor do Executivo, que recebe até R$ 18.474. (Folha Online)
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