A presidente Dilma Rousseff, ao que parece, tem colhido bons frutos de sua primeira viagem oficial aos Estados Unidos e, em sua estreia, caberá a ela o discurso de abertura da 66ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e será a primeira mulher a fazê-lo. Há pouco mais de um ano, no entanto, sua visita à cidade quase passou em branco. Em maio de 2010, Dilma veio à Nova York como pré-candidata do PT à Presidência da República e esteve, inclusive, no mesmo hotel Waldorf Astoria, em que nesta terça-feira, 20, se encontrou com o presidente dos EUA, Barack Obama.
Enquanto no ano passado Dilma ganhou pequenas notas na imprensa local, desta vez foi considerada uma das mulheres mais poderosas do mundo, a terceira, na verdade, segundo a revista Forbes. Esta semana a presidente também ganhou a capa da revista Newsweek, que colocou como título de sua matéria a frase “Não mexa com ela”.
Nos últimos três dias, ocupou lugar de destaque entre chefes de estado. Ela sentou-se ao lado de Obama no lançamento de um programa para transparência dos governos, ambos como copresidentes do projeto. Obama se referiu a Dilma como “amiga” e a convidou para vir aos EUA no ano que vem. Ontem, ficou lado a lado com a secretária de Estado, Hillary Clinton, que disse que a presidente brasileira é “uma mulher que admiro muito”. O presidente do México, Felipe Calderón, também mostrou entusiamo e vontade de estreitar as relações entre os dois países, segundo relatou o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota.
No lobby do hotel Waldorf Astoria nesta terça-feira, dezenas de jornalistas fizeram plantão à espera de uma chance de falar com a presidente, o que não ocorreu. Dilma, aliás, não concedeu uma única entrevista coletiva desde que chegou à Manhattan, no último domingo. No ano passado, nesse mesmo hotel, a imprensa tentava a todo custo falar com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, que veio receber o prêmio de Personalidade do Ano, da Câmara de Comércio Brasil-EUA. Dilma volta a Nova York com com prestígio e sem ter mais seu nome a todo momento atrelado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. (estadão.com.br)
Nenhum comentário:
Postar um comentário