A Sociedade Civil, representada por um grupo de pessoas dos mais diversos segmentos, envolvendo empresários, artistas e outros interessados, está se articulando para ir às ruas no próximo dia 30 de outubro, domingo, em uma grande carreata que deve terminar na Praça da República para fazer frente contra a divisão do Estado do Pará. O percurso do cortejo ainda não foi definido, mas já se sabe que a adesão à causa é cada vez maior e que esse grupo vai se juntar a uma outra movimentação que acontece na mesma data, liderada por Zenaldo Coutinho, contra a criação do Estado de Carajás.
Na noite da última segunda-feira (17), diversos artistas que já aderiram à causa, incluindo os cantores Edilson Moreno, Eloy Iglésias, Silvinho Santos, Roosevelt Bala, Ruan Moraes, as bandas Acordalice, AR-K, Miserê e SK-8, e a humorista Felizmunda, se reuniram junto a empresários para discutir de que forma esse grupo vai atuar em prol da conscientização de que o Estado não deve ser dividido. "Eu só posso ser forte se estender a mão para o meu irmão e ajudá-lo", declarou, durante o encontro, uma das líderes da organização, Lecy Garcia, que está responsável pela mobilização dos empresários, enquanto que a promotora de eventos Meg Martins fica na mobilização dos artistas, e o jornalista Ronald Junqueiro fará a divulgação da manifestação nas redes sociais.
Nesta terça-feira, dia 18, os artistas citados e ainda outras bandas e cantores, gravam o áudio de uma campanha contra a divisão do Estado pelo estúdio Dedê, que também aderiu à causa cedendo gratuitamente o espaço e as ferramentas de gravação. As imagens do clipe serão registradas no dia seguinte, quarta-feira, dia 19."
Deputado Lira Maia diz que tapajós é viável economicamente
O presidente da Frente a favor da criação do Estado do Tapajós, o deputado federal Lira Maia (DEM), foi o entrevistado de ontem da série de entrevistas que o Jornal Liberal 1ª Edição, da TV Liberal, exibe sobre o Plebiscito que decidir sobre a divisão do Pará. Durante a sabatina feita pela apresentadora Priscilla Castro, ele defendeu que a criação das três unidades federativas (Pará, Carajás e Tapajós) é a solução mais rápida para impulsionar o desenvolvimento dos municípios mais afastados.
"O paraense está passando por uma oportunidade ímpar de rediscutir a geopolitica do Estado. O Pará é um estado grande, com um potencial enorme, mas com muita gente, muitos problemas e pouco dinheiro. Existem várias sugestões de solução, como aperfeiçoar a Lei Kandir, votarmos o novo Código Florestal e vários outros itens que dependem muito até da atuação do Congresso Nacional, mas o projeto mais importante e que imediatamente aumenta o dinheiro repassado para o Pará é o da criação do estado do Tapajós e Carajás. No ano passado o total repassado para o Pará do Fundo de Participação dos Estados (FPE), por exemplo, foi de R$ 2,9 bilhões. Se criarmos o Estado do Tapajós, o de Carajás e deixarmos o novo Pará, vamos mais que duplicar estes recursos, vamos beirar os R$ 6 bilhões", afirmou.
Indagado sobre um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que dá conta sobre um déficit de R$ 1,9 bilhão com a criação dos novos Estados, o presidente da Frente Pró-Tapajós disse que os números refletem a leitura de um pesquisador, Rogério Borueri, e não do instituto e que dados preliminares de outros órgãos apontam para a viabilidade das novas unidades federativas. "Não teremos pegar uma fazenda e transformar em capital como foi com o Estado do Tocantins. Nós temos cidades estruturadas." (Amazõnia)
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