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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Caso Jader Barbalho: Num dia Sarney fala grosso. No outro mia.

Por Ricardo Noblat, jornalista e blogueiro

Que os políticos tratem o povo como idiota e escarneçam dele, tudo bem. Um povo desfibrado, que se resigna com tudo e que elege a maioria dos políticos que temos em atividade, pode ser tratado com algum desprezo.

Mas os ministros que compõem a mais alta corte de Justiça do país têm pouco ou nada a ver com esse tipo de povo. Digamos que são mais sabidos. E que sabem exercer o poder que representam.

O PMDB reuniu ontem seu Diretório Nacional para manifestar solidariedade a Jader Barbalho que ainda não foi diplomado como senador pelo Pará. Acabou barrado pela Lei da Ficha Limpa.

A nota expedida pelo Diretório diz o seguinte a certa altura:

- O PMDB, por seu Diretório Nacional, confiante na Justiça, reafirma seu apoio ao senador Jader Barbalho, eleito em 2010 no Estado do Pará, com mais de 1.800.000 votos, para que receba tratamento isonômico ao dispensado aos demais casos decididos pelo Supremo Tribunal Federal.

Na presença de Jader, Sarney provocou:

- Se a Lei da Ficha Limpa não entrou em vigor para os outros, porque só no seu caso vale?

Explico.

Três candidatos ao Senado vitoriosos no ano passado foram barrados pela Lei da Ficha Limpa.

Como o Supremo decidiu que a lei não poderia valer para as eleições de 2010, os três recorreram ao próprio Supremo para garantir sua posse.

Os recursos de Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e João Capiberibe (PSB-AP) foram aceitos. O de Jáder, não. Deu empate na votação do recurso - 5 x 5.

O Supremo só voltará a julgar o recurso de Jáder quando tomar posse por lá seu 11º ministro - Rosa Weber, indicada por Dilma, mas que ainda depende de aprovação do Senado.

O PMDB no Senado está empurrando de barriga a aprovação do nome de Rosa só para manifestar assim sua irritação com o Supremo.

Sarney, que ontem falara grosso (à sua maneira, é claro), hoje miou. Disse a respeito da nota do Diretório Nacional do PMDB:

- Foi uma nota de solidariedade e de respeito à Justiça. Esse é um problema jurídico do candidato, foi uma coisa politica de solidariedade.

Não foi uma nota de respeito à Justiça. Foi de pressão. E pressão descabida.

Engana os ministros do Supremo que eles apreciam muito, engana.

Tolos somos nós. Ministro do Supremo é cobra criada. Cobra no bom sentido. E criada bem, adianto logo.

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