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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Pará é Estado de endividados

O cartão de crédito foi apontado como o principal tipo de dívida

Quase 80% dos paraenses estarão endividados neste final de ano. De acordo com o resultado da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Federação do Comércio do Estado do Pará (Fecomércio), 78% da população paraense economicamente ativa apresentavam algum tipo de dívida no mês passado. Deste montante, 35% das contas estão atrasadas e 14% dos consumidores não terão condições de pagá-las.

Em média, o paraense compromete 25% de sua renda com consumo e leva seis meses para saldar seus débitos. Em alguns casos, no Pará, o cliente mantém as contas pendentes por 60 dias. No mês de setembro, a média de endividamento da população economicamente ativa do Pará era de 72%, ou seja, na virada do nono para o décimo mês do ano, a taxa de inadimplência avançou.

Da população que ganha até dez salários mínimos, 79% estão endividados, sendo que 36% destes consumidores estão com faturas atrasadas, e 15% não terão condições de pagar suas dívidas. Já no caso dos que ganham mais de dez salários, os inadimplentes somam 71%, dos quais 24% estão com algum tipo de pendência no pagamento, e 5% não têm como arcar com o débito.

Em outubro, 19,3% dos paraenses economicamente ativos disseram estar muito endividados, e 32,9% alegaram nível médio de contas pendentes, além de um total de 26% dos consumidores que garantiram estar com poucas dívidas. Por outro lado, 21,9% da clientela revelaram não possuir dívidas. O tempo médio de contas em atraso no Pará é de 64 dias, sendo que 47,7% estão com mais de 90 dias sem pagamento. Outra característica da população do Estado é o tempo de endividamento: em média, são seis meses de comprometimento com os débitos. A Peic também mostra que os argolados com as finanças comprometem cerca de 25% de sua renda com parcelas.

O cartão de crédito é o principal vilão dos consumidores paraenses, já que 75% dos endividados utilizaram o "dinheiro de plástico" para obter crédito. Além disso, 15,4% da clientela do Estado encontram-se argoladas devido às contas feitas no crediário próprio que algumas lojas oferecem. Já o empréstimo consignado é responsável pelo estrangulamento nas contas de 8,6% dos paraenses. (Amazônia)

Um comentário:

  1. Agora não duvide se os separatistas começarem a dizer que dividindo o Estado as dívidas de todo mundo vão ser perdoadas.
    Só falta isso, pois a propaganda deles é que nós do verdadeiro Pará iremos ganhar. Ora, se ganhamos eles perdem. E que interesse teriam os perdedores?
    Cuidado com essa farsa.
    Benedito

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