Campeã do PAC
A empreiteira Delta Construções, de Fernando Cavendish, amigo intimo do governador Sérgio Cabral, é a campeã de obras do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento. Nos últimos cinco anos, recebeu do governo federal R$ 2,8 bilhões, o que ajudou a colocá-la na sétima posição das 10 mais poderosas empreiteiras do país. No ano passado, a Delta recebeu o recorde de R$ 830,7 milhões, maior valor desembolsado para uma empreiteira na história do PAC. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – Dnit é o maior parceiro da Delta: grande parte da dinheirama do ano passado refere-se a contratos de construção e manutenção de rodovias.
Não brinca em serviço
Desfiando “o maior partido do Brasil”, conforme ameaçava o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Dilma foi rápida no gatilho. Telefonou para o vice Michel Temer e comunicou que Elias Fernandes, do Dnocs, estava demitido. Não deu nem tempo do vice-presidente fazer quaisquer comentários. Avisado, Henrique Alves nem pensou em abrir a boca com medo de comprometer seu projeto de se eleger presidente da Câmara. Detalhe: o projeto já está comprometido. E se o PMDB continuar “a fazer graça”, conforme um dos ministros do núcleo doce, “até a manutenção da vice de Temer em 2014 fica igualmente comprometida”.
Lista negra
A presidente Dilma Rousseff tem uma lista negra, impossível de ser vista até pelos mais chegados que, contudo, imaginam quais sejam os nomes constantes lá. Agora, foram devidamente introduzidos os ministros Fernando Bezerra (Integração Nacional) e Mário Negromonte (Cidades). No bloco dos parlamentares, Henrique Eduardo Alves, líder do PMDB na Câmara, passou a fazer companhia a Candido Vaccarezza, líder do governo na Câmara Federal. Na página do Senado, reina Marta Suplicy.
Olho em 2014
Está acertado entre a presidente Dilma e o ex-presidente Lula: os ministros Aloizio Mercadante (Educação) e Alexandra Padilha (Saúde) deverão, cada vez mais, dedicar atenção especial – e muita presença física – ao Estado de São Paulo (e não apenas à cidade para dar força à candidatura de Fernando Haddad). Um deles será o candidato do PT ao governo paulista em 2014.
Luz vermelha
Nenhum banco brasileiro é capaz de resistir à tentação de tomar recursos lá fora a 6% para emprestar a 38,96% (taxa média de aplicação no mercado brasileiro). Por causa disso, o endividamento externo dos bancos brasileiros compromete 40% das reservas internacionais do país, que são de US$ 350 bilhões. Em 2008, na época da quebra do Lehman Brothers, os bancos brasileiros deviam no Exterior US$ 89 bilhões que, em seguida, com a retração do mercado de crédito, baixou para US$ 63,9 bilhões no final de 2009. Depois, a tendência deu uma reviravolta e em setembro do ano passado (dados oficiais) estava em US$ 139,7 bilhões, significando um aumento de 120% em apenas um ano e nove meses.
De volta
O engenheiro Rafael Greca (PMDB), 56 anos, que já foi vereador, prefeito, deputado estadual e federal e ministro de Esporte e Turismo de FHC, quer disputar a prefeitura de Curitiba neste ano. Casado com a ex-colunista social Margarita Sansone, Greca é protagonista de antológicos episódios do folclore político nacional. Não conseguiu se eleger deputado nas últimas eleições, quer criar uma “cidade em rede” e construir um metrô aéreo.
Novo golpe
Cartões de crédito clonados, compras que o dono do cartão nunca fez, esse tipo de golpe começa a perseguir os brasileiros, sem que as operadoras dos cartões consigam descobrir como o crime digital foi praticado. E pior; agora, descobre-se que também donos de cartão vendem seus próprios dados para grupos de fraudadores, em troca de algum dinheiro. Quando recebem a fatura, eles alegam não ter feito a compra e pedem estorno do valor. Em muitos casos, o prejuízo fica para o site do comercio eletrônico, que é obrigado a ressarcir o banco do cliente (compra com cartão não presente).
Graça, ex-favelada
Enquanto as ações da Petrobras sobem, Graça Foster, já chamada de Dilma do Petróleo, virginiana, mandona, linha dura (com momentos suaves) e no terceiro casamento, vai se preparando para sentar na cadeira de Sérgio Gabrielli a partir de 9 de fevereiro. Graça é mineira, cresceu em favela no Rio nos anos 50, no Morro do Adeus que hoje faz parte do Complexo do Alemão. Depois, morou na Ilha do Governador e aos 8 anos, catava papel, garrafas e latas para ajudar no orçamento domestico. Hoje, 58 anos, é formada em engenharia química, mestrado em engenharia de fluidos, pós-graduação em engenharia nuclear e MBA em economia. E concorre com Dilma na coleção de discussões (ou mais do que isso) com seus comandados.
Tiro no pé
A angolana Leila Lopes, Miss Universo 2011, foi convidada para desfilar na escola de samba Vila Isabel, no Rio, cujo enredo será justamente a história de Angola. Tudo certo até a hora em que os representantes de Leila resolveram avisar que ela cobraria um cachê de R$ 50 mil. Foi o suficiente para Leila ser devidamente desconvidada. Para quem não sabe: com raras exceções, madrinhas, rainhas e musas de baterias de escola de samba, pagam para desfilar nas principais escolas. Dependendo, o pagamento vai de R$ 100 mil e R$ 150 mil.
A empreiteira Delta Construções, de Fernando Cavendish, amigo intimo do governador Sérgio Cabral, é a campeã de obras do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento. Nos últimos cinco anos, recebeu do governo federal R$ 2,8 bilhões, o que ajudou a colocá-la na sétima posição das 10 mais poderosas empreiteiras do país. No ano passado, a Delta recebeu o recorde de R$ 830,7 milhões, maior valor desembolsado para uma empreiteira na história do PAC. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – Dnit é o maior parceiro da Delta: grande parte da dinheirama do ano passado refere-se a contratos de construção e manutenção de rodovias.
Não brinca em serviço
Desfiando “o maior partido do Brasil”, conforme ameaçava o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Dilma foi rápida no gatilho. Telefonou para o vice Michel Temer e comunicou que Elias Fernandes, do Dnocs, estava demitido. Não deu nem tempo do vice-presidente fazer quaisquer comentários. Avisado, Henrique Alves nem pensou em abrir a boca com medo de comprometer seu projeto de se eleger presidente da Câmara. Detalhe: o projeto já está comprometido. E se o PMDB continuar “a fazer graça”, conforme um dos ministros do núcleo doce, “até a manutenção da vice de Temer em 2014 fica igualmente comprometida”.
Lista negra
A presidente Dilma Rousseff tem uma lista negra, impossível de ser vista até pelos mais chegados que, contudo, imaginam quais sejam os nomes constantes lá. Agora, foram devidamente introduzidos os ministros Fernando Bezerra (Integração Nacional) e Mário Negromonte (Cidades). No bloco dos parlamentares, Henrique Eduardo Alves, líder do PMDB na Câmara, passou a fazer companhia a Candido Vaccarezza, líder do governo na Câmara Federal. Na página do Senado, reina Marta Suplicy.
Olho em 2014
Está acertado entre a presidente Dilma e o ex-presidente Lula: os ministros Aloizio Mercadante (Educação) e Alexandra Padilha (Saúde) deverão, cada vez mais, dedicar atenção especial – e muita presença física – ao Estado de São Paulo (e não apenas à cidade para dar força à candidatura de Fernando Haddad). Um deles será o candidato do PT ao governo paulista em 2014.
Luz vermelha
Nenhum banco brasileiro é capaz de resistir à tentação de tomar recursos lá fora a 6% para emprestar a 38,96% (taxa média de aplicação no mercado brasileiro). Por causa disso, o endividamento externo dos bancos brasileiros compromete 40% das reservas internacionais do país, que são de US$ 350 bilhões. Em 2008, na época da quebra do Lehman Brothers, os bancos brasileiros deviam no Exterior US$ 89 bilhões que, em seguida, com a retração do mercado de crédito, baixou para US$ 63,9 bilhões no final de 2009. Depois, a tendência deu uma reviravolta e em setembro do ano passado (dados oficiais) estava em US$ 139,7 bilhões, significando um aumento de 120% em apenas um ano e nove meses.
De volta
O engenheiro Rafael Greca (PMDB), 56 anos, que já foi vereador, prefeito, deputado estadual e federal e ministro de Esporte e Turismo de FHC, quer disputar a prefeitura de Curitiba neste ano. Casado com a ex-colunista social Margarita Sansone, Greca é protagonista de antológicos episódios do folclore político nacional. Não conseguiu se eleger deputado nas últimas eleições, quer criar uma “cidade em rede” e construir um metrô aéreo.
Novo golpe
Cartões de crédito clonados, compras que o dono do cartão nunca fez, esse tipo de golpe começa a perseguir os brasileiros, sem que as operadoras dos cartões consigam descobrir como o crime digital foi praticado. E pior; agora, descobre-se que também donos de cartão vendem seus próprios dados para grupos de fraudadores, em troca de algum dinheiro. Quando recebem a fatura, eles alegam não ter feito a compra e pedem estorno do valor. Em muitos casos, o prejuízo fica para o site do comercio eletrônico, que é obrigado a ressarcir o banco do cliente (compra com cartão não presente).
Graça, ex-favelada
Enquanto as ações da Petrobras sobem, Graça Foster, já chamada de Dilma do Petróleo, virginiana, mandona, linha dura (com momentos suaves) e no terceiro casamento, vai se preparando para sentar na cadeira de Sérgio Gabrielli a partir de 9 de fevereiro. Graça é mineira, cresceu em favela no Rio nos anos 50, no Morro do Adeus que hoje faz parte do Complexo do Alemão. Depois, morou na Ilha do Governador e aos 8 anos, catava papel, garrafas e latas para ajudar no orçamento domestico. Hoje, 58 anos, é formada em engenharia química, mestrado em engenharia de fluidos, pós-graduação em engenharia nuclear e MBA em economia. E concorre com Dilma na coleção de discussões (ou mais do que isso) com seus comandados.
Tiro no pé
A angolana Leila Lopes, Miss Universo 2011, foi convidada para desfilar na escola de samba Vila Isabel, no Rio, cujo enredo será justamente a história de Angola. Tudo certo até a hora em que os representantes de Leila resolveram avisar que ela cobraria um cachê de R$ 50 mil. Foi o suficiente para Leila ser devidamente desconvidada. Para quem não sabe: com raras exceções, madrinhas, rainhas e musas de baterias de escola de samba, pagam para desfilar nas principais escolas. Dependendo, o pagamento vai de R$ 100 mil e R$ 150 mil.
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