O Clube do Remo nasceu a partir da dissidência ocorrida no Sport Club Pará, agremiação que disputava regatas, no início do Século XX, em Belém. Assim, a briga interna nesse clube motivou o surgimento da nova entidade esportiva,exatamente na data de 5 de fevereiro de 1905 e por ocasião de uma regata.
No momento da formação de uma guarnição, que contava com os concursos dos atletas Raul Engelhard, Victor Engelhard, Eduardo Cruz e um filho deste último, houve desentendimento com outros intregrantes do Sport Club Pará. Os dissidentes, que a princípio eram sete (Victor Engelhard, Raul Engelhard, Vasco Abreu, Eugênio Soares, Narciso Borges, Eduardo Cruz, José Henrique Danin) logo contaram com o apoio de outros desportistas, os quais fundaram o Grupo do Remo.
O nome sugerido para o novo clube partiu de Raul Engelhard, que estudara na Europa. Raul lembrou-se de um clube europeu, o Rowing Club, da Inglaterra e acabou convencendo os seus companheiros, sendo escolhida a denominação de Grupo do Remo.
O Diário Oficial do Estado, Ano XV, Nº 4049, de sexta-feira, 9 de junho de 1905, publicou os Estatutos Sociais. No 5º artigo, por exemplo, informava que a bandeira do Grupo do Remo se comporia d’um retângulo azul-marinho, tendo ao centro uma âncora, em sentido oblíquo, circulada por treze estrelas da mesma cor.
A publicação oficial mencionava os nomes dos vinte fundadores: José Henrique Danin, Raul Engelhard, Roberto Figueiredo, Antonio La Roque Andrade, Victor Engelhard, Raimundo Oliveira da Paz, Antonio Borges, Arnaldo R. de Andrade, Manoel C. Pereira de Souza, Ernestino Almeida, Alfredo Vale, José D. Gomes de Castro, José Maria Pinheiro, Luiz Rebelo de Andrade, Manoel José Tavares, Basílio Paes, Palmério T. Pinto, Eurico Pacheco Borges, Narcisco F. Borges, Heliodoro de Brito.
Fundado especialmente para a prática do esporte náutico, o Grupo do Remo teve como primeiro presidente Narciso Borges e em 1908 foi extinto, voltando em 1911 com toda força e já em 1913, com a organização do futebol no Estado do Pará, o Remo promoveu a estreia de sua equipe na competição, jogando e vencendo o quadro do União Esportiva, por 4 a 1, na data de 14.07.1913. Primeira equipe oficial: Bernardino; Galdino e Lulu; Carlito, Aimée, Chermont; Rubilar, Antonico, Nahon, Infante, Dudu e nessa mesma temporada a agremiação sagrou-se campeã paraense de futebol com esta formação: Bernardino; Mota e Infante; Carlito, Aimée, Lulu; Rubilar, Nahon, Antonico, Chermont, Dudu.
Na temporada seguinte, 1914, jogou o primeiro Clássico Re-Pa e venceu de 2 a 1, na data de 14.06.1914, no Estádio da firma Ferreira & Comandita.
Na data de 15 de agosto de 1917, o Clube do Remo promoveu a inauguração do seu campo de futebol, o que lhe deu plenas condições de tornar-se pujante no futebol, vencendo seus adversários e ganhando os campeonatos, que em 1919 atingiu o ápice, heptacampeão paraense, feito jamais igualado por qualquer outro clube no Pará, cuja equipe possuía esta formação: Francelísio; Rickenberg, Lulu; Formigão, Bordalo, Onias; Ludgards, Cícero, Dudu, Ratinho, Américo.
Em 1934, o Remo ficou de posse definitiva do troféu Lauro Sodré, que foi disputado
pelo próprio clube, Paysandu, Tuna e Recreativa, nas águas da baía do Guajará durante 17 edições e os azulinos o conquistaram por terem vencido a maioria dos embates. O troféu é o mais importante da história do clube e pode ser visto logo à entrada da sede azulina.
O Remo brilhava não só no campo desportivo, mas também na sociedade, organizando bailes que ficaram famosos, em sua sede social, adquirida em 1938, na avenida Nazaré e que custou 150 contos de réis.
Nas regatas, no futebol, no basquete, no vôlei, na natação e no atletismo o clube dava as cartas, mas era no futebol, a paixão do brasileiro que a agremiação se destacava mais e mais, tanto é que na data de 5 de março de 1939 jogou contra o seu grande rival, o Paysandu, no estádio da Curuzu e conseguiu aplicar-lhe a goleada de 7 a 2, em jogo válido pela taça Abelardo Conduru. O centroavante Jango, filho de Soure, marcou cinco gols e estabeleceu um recorde jamais igualado: maior artilheiro do clássico Re x Pa em uma só partida, em 98 anos de história.
Título de "Mais Querido" nasceu após eleição de jornal
Em 1947, o jornal A VANGUARDA, que era publicado em Belém, instituiu concurso para se conhecer qual o clube mais querido de Belém, através do preenchimento de cupons. No dia 04.12.1947 houve a apuração e o Remo foi o vencedor, tendo recebido 43.038 votos, contra 39.639 dados ao Paysandu.
Embora o clube tenha nascido para as regatas, não se pode negar que o carro-chefe da agremiação é o futebol, esporte no qual a agremiação tem conquistado inúmeros feitos, como 42 campeonatos paraenses de futebol e ter estabelecido um longo tabu de mais de cinco anos sem perder para o seu grande e tradicional adversário, o Paysandu, quer perdurou de 31.01.1993 no jogo Remo 0 x Paysandu 0, pelo Torneio Pará-Ceará até 07.05.1997, Remo 3 x Paysandu 1, pelo Campeonato Paraense. Foram 33 jogos, com 21 vitórias e 12 empates.
Na Copa do Brasil o Clube do Remo é o clube paraense que mais tem brilhado desde 1989 quando a competição foi pela primeira vez disputada.
No Campeonato Brasileiro da 1ª Divisão o Leão Azul ostenta a liderança no estado do Pará no ranking elaborado pela CBF pela sua participação destacada em várias edições. O Remo entrou para o Brasileirão em 1972, sendo o 1° clube do Pará a debutar na competição e fez bonita, tendo armado uma equipe que deixou sua marca: Dico; Aranha, Dutra, Mendes, Lúcio Oliveira; Tito, Hertz; Dionísio, Caíto, Alcino (Roberto), Pery. O Remo terminou na 17ª posição, entre 26 equipes, com 5 vitórias, 15 empates, 5 derrotas, 21 gols pró, 20 gols sofridos, saldo de 1 gol.
No clássico Re x Pa o Leão Azul é quem comanda, pois jogadas 710 partidas, venceu 253, contra 222 de seu adversário, registrando-se 235 empates. O Remo marcou 918 gols, o Paysandu 881. Saldo a favor do Remo: 31 vitórias, 27 gols. (Fonte: Amazônia)
E agora, meu amigo? O São Francisco do Tapajós surrou o "Leão Azul" do Parazinho!!!!!!! Um forte abraço. Birinha.
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