A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) voltou a defender que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) exerça um controle mais efetivo sobre a magistratura brasileira. "O CNJ é a grande novidade da justiça brasileira, mas, embora tenha avançado, a atuação ainda é tímida", afirmou, ontem de manhã, em Belém, o presidente da Ordem, Ophir Cavalcante Junior, durante o lançamento da campanha para arrecadação de 1,5 milhão de assinaturas para o projeto de lei de iniciativa popular que obriga o governo federal a destinar 10% da arrecadação bruta para os gastos com saúde.
O presidente da OAB também voltou a criticar a postura da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), que chamou de corporativa e protecionista. "Sabemos que é uma minoria dos magistrados que apresentam desvio de conduta, mas essa minoria não é punida em função do protecionismo da classe. O corporativismo impede uma apuração isenta", criticou.
Ophir chamou de ideal a visão que o desembargador Nelson Calandra, presidente da AMB, tem da justiça brasileira. "A justiça que ele vê não é a mesma que o povo vê." Diferentemente do que Calandra defendeu em sua passagem por Belém, para o presidente da OAB, a simples reforma dos códigos de Processo Penal e Civil não deve resolver o problema do Poder Judiciário. (Jornal Amazônia)
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