Os urbanitários que atuam nas Centrais Elétricas do Pará S.A. - Celpa anunciaram ontem que vão paralisar suas atividades nesta segunda-feira, dia 5, caso a empresa não efetue o pagamento da 38ª parcela do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), correspondente a R$ 1,8 milhão. "Vamos realizar assembleia geral, com a primeira convocação sendo às 7h30 e a segunda e última convocação às 8 horas. Se no final da assembleia a categoria decidir paralisar por 24 horas, isso vai ser cumprido. Caso a Celpa não faça o pagamento ao longo do dia, vamos paralisar na terça-feira e, se nada ocorrer com relação ao PCCS, a categoria poderá decidir por uma greve geral em data a ser definida em assembleia", afirmou o presidente do Sindicato dos Urbanitários do Pará, Ronaldo Romeiro. Ainda ontem a juíza Filomena Buarque, da 13ª Vara Cível de Belém do Pará, nomeou como novo administrador judicial da Celpa o advogado Mauro Santos, que substitui Vilmus Grunvald da Silva.
Segundo Romeiro, com o anúncio da situação financeira da Celpa, os funcionários da empresa se mostram preocupados com a garantia de cumprimento de direitos dos empregados. "Essa concordata anunciada pela empresa traz a preocupação de uma sequência de efeitos que podem ser muito negativos aos urbanitários. Já existe o atraso do pagamento da 38ª parcela do PCCS, que seria paga no dia 20 de fevereiro, mas como era segunda-feira de carnaval, ficou para a quarta-feira, dia 22, e a Celpa não pagou. Ficou para o dia 24, e não foi paga e teve esta semana, agora, e também não foi efetivado o pagamento. Então iniciamos esse processo de mobilização para segunda-feira".
Em todo o Estado atuam 2.100 urbanitários da Celpa. Romeiro ressaltou que caso se confirme a paralisação das atividades, os urbanitários se comprometem a manter os serviços essenciais. Ele destacou que não será atingido o fornecimento de energia elétrica à população. "Entendemos que somente a federalização pode garantir a Celpa, ou seja, a empresa ser assumida pela Eletrobras, que tem 34,58% das ações da Celpa, até porque grandes projetos do Brasil estão aqui no Pará", salientou o sindicalista. (Amazônia)
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