Jérôme Valcke é secretário geral da Fifa
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, anunciou ontem (3) que o governo de Dilma Rousseff não 'aceita mais como interlocutor' o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke. Na sexta-feira, o executivo da Fifa disse que o Brasil "precisa 'de um pontapé no traseiro" para acelerar as obras necessárias para a Copa do Mundo de 2014.
"São expressões impróprias para tratar das relações entre essa entidade e um país", disse Rebelo. O ministro disse ainda que "'dadas as palavras usadas, ofensivas e inaceitáveis, o Brasil comunicará à Fifa que não aceita Valcke como interlocutor".
Na sexta-feira em Londres, Valcke criticou a demora das obras de estádios e infraestrutura e do Congresso Nacional em aprovar a lei que regulará o próximo mundial. E falou que os responsáveis pela organização da Copa do Mundo no Brasil deveriam receber "um pontapé no traseiro para começar a trabalhar".
E não economizou nas críticas. A uma semana de nova visita programada ao Brasil, Valcke disse que "o grande problema no Brasil é que tem muitas coisas que não estão sendo feitas. Não entendo por que essas coisas não estão em curso. Os estádios estão atrasados, por que está tudo tão atrasado? O que é a Copa para o Brasil, organizar ou ganhar o Mundial? Creio que seja ganhar a Copa, mas deveriam pensar como a África do Sul, cuja prioridade era organizar a Copa, não ganhar. O Brasil não tem hotéis suficientes, tem em São Paulo e no Rio, mas, por exemplo, em Manaus precisa mais."
Ele ainda disse que há "discussões intermináveis" para aprovar a Lei Geral da Copa. "Deveríamos ter estes documentos assinados em 2007 e já estamos em 2012."
(Fontes: Agências EFE e Gazeta Press)
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