Por José Galvão-Alves, médico, membro da Academia Nacional de Medicina.
As doenças cerebrovasculares incluem algumas das mais comuns e devastadoras desordens do organismo humano. Tanto a isquemia cerebral (mais freqüente) quanto a hemorragia intracraniana não traumática constituem uma das mais importantes causas de óbito e incapacitação cognitiva e motora em todo o mundo e em especial no Brasil.
A isquemia cerebral tem uma nítida correlação com a Aterosclerose cerebral vascular onde dislipidemia (colesterol elevado), tabagismo, sedentarismo, obesidade, diabetes mellitus e hipertensão arterial são fatores de risco frequentes, comuns e controláveis.
O Acidente Vascular Cerebral é um evento abrupto por vezes com manifestações pouco expressivas como diminuição de força em um dimídio corporal (hemiparesia), sensação de formigamento (parestesia) ou mesmo dificuldade em articular as palavras (disartria). Por vezes é um evento dramático com perda total dos movimentos de um lado corporal (Hemiplegia), perda total da fala (afasia) e até evolução rápida para o coma e a morte.
Prevenir a aterosclerose e o acidente vascular cerebral é conduta comportamental de uma vida, onde mantêm-se cuidados com alimentação, evita-se o cigarro e o excesso de álcool e controla-se pressão arterial e o nível de glicose sanguínea.
No entanto, se o AVC ocorre e isto é bastante comum, o tempo é o nosso maior inimigo. Na dúvida conduza seu familiar a um Serviço de Urgência-Emergência pois existem medicamentos e métodos endovasculares capazes de desfazer o trombo que está obstruindo a adequada perfusão sanguínea cerebral. Porém, toda conduta deve ser alicerçada num diagnóstico preciso e rápido o que só pode ser feito num Setor preparado para tal.
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