Um tumulto marcou a missa do último domingo, à noite, na paróquia de Santa Edwiges, no conjunto Panorama XXI, quando um homem subiu no altar e quebrou a imagem peregrina da padroeira. Durante a homilia, o padre Antônio Mattiuz, que presidia a missa, foi surpreendido quando um rapaz se levantou e derrubou a imagem de aproximadamente 1,5 metro de Santa Edwiges. "Foi muito triste, porque essa é a imagem que percorre as ruas do bairro durante o nosso Círio", lamentou o devoto Jeferson Saavedra, 29 anos.
Segundo Jeferson, que estava presente na hora da celebração, várias pessoas começaram a chorar durante o incidente. "Todos ficaram assustados e se levantaram na hora. Ao ver a imagem quebrada no chão, começaram a chorar", contou Saavedra. Em seguida, a polícia foi chamada e o rapaz foi levado à Seccional da Marambaia.
O pároco Irineu Romam fez o Boletim de Ocorrência sobre o acontecido. De acordo com o sacerdote, o rapaz que cometeu o atentado à imagem tem 21 anos, e mora às proximidades da igreja. Padre Irineu disse que o ato foi uma grande ofensa à devoção e fé de todos os paroquianos e católicos. "Devemos respeitar as diferenças religiosas e viver em sociedade com respeito e dignidade", ressaltou.
Segundo ele, a paróquia, agora, procura ajuda para restaurar a imagem. "Estamos procurando um especialista que possa consertar os danos na imagem da santa", disse.
Desrespeitar publicamente um ato ou objeto de culto religioso, assim como impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso, é crime, de acordo com o Decreto Lei nº 2.848, Artigo 208, do Código Penal. E a(as) pessoa(s) pode(m) cumprir pena de detenção de um mês a um ano, ou multa.
Em contato com a mãe de Edmilson Rodrigues Borges, o jovem que derrubou a imagem, ela disse que lamentava o ocorrido e contou que o filho tem problema de saúde. "Ele sofre de transtornos mentais e síndrome do pânico. Eu não estava com ele durante a missa, mas imagino que deve ter tido uma crise nessa hora. Seu ato não foi de intolerância ou algo pensado", justificou Marizete Rodrigues.
Após saber que seu filho havia sido detido, ela foi à seccional e levou os atestados que comprovam a doença. "Ele foi solto, em seguida nós o levamos ao Hospital de Clínicas, onde fez medicação e está em casa. Quando soube do que tinha acontecido, me senti muito mal. Somos católicos e lamentamos muito o incidente", disse Marizete. (Amazônia)
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