Ele reconheceu que ter duas mortes envolvendo torcedores a dois anos da Copa não é algo positivo. "Não é uma situação confortável", declarou. "Fica um peso para o País que vai receber o Mundial", disse. "Quando o País que vai receber competição internacional registra duas mortes, isso pesa", admitiu.
Del Nero não esconde que novas medidas terão de ser tomadas e alerta que uma nova legislação precisará entrar em vigor com certa rapidez, justamente para ter um novo marco antes da Copa de 2014 "Vamos aos órgão de segurança pública. Tem que se fazer alguma coisa a mais. O que eu não sei. Mas que possa ser punido efetivamente", disse, prometendo convocar uma reunião com várias entidades e governo para debater a situação após sua viagem à Suíça.
Outro projeto é a de reforçar mais a capacidade de investigação da polícia para permitir que se identifique os responsáveis por atos de violência e que seja elaborada por uma espécie de lista negra. Quem tivesse seu nome colocado nela ficaria impedido de entrar nos estádios por uma década e estaria fora da Copa de 2014. Para ele, essas pessoas não são torcedores. "São bandidos", disse. - "Em cada torcida organizada, existem cerca de 200 a 300 pessoas violentas", disse. No total, uma lista paulista teria cerca de 1,2 mil nomes. Hoje, a FPF conta com uma lista que não chega nem a cem pessoas e, para elevar o número seria necessário investimentos na área de inteligência para identificar os responsáveis. Mesmo o contrôle da entrada dessas pessoas seria difícil de realizar.
Uma das opções levantadas por Del Nero seria a volta das torcidas uniformizadas, criadas há décadas dentros dos clubes. A ideia é de garantir maior contrôle sobre as entidades. “Para fazer dessas torcidas, a pessoa teria de primeiro estar associada ao clube. Isso iria acabando com as torcidas organizadas", disse o cartola, alertando que o estabelecimento de torcidas organizadas se transformou "em um grande negócio".
Será que não seria melhor cancelar de vez essa história de fazer Copa no Brasil. Dinheiro público gasto a toa, com construção de estádios para apenas um jugo (caso do Maracanã)?
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