Torcida do São Paulo foi maioria no Mangueirão, em Belém
O bolso, cheio dos jogadores, também está cheio para o Independente. A derrota por 1 a 0 para o São Paulo, há uma semana, significou ficar com 100% da renda de R$ 469 mil obtida no Mangueirão. É o suficiente para pagar quase quatro meses de salários do elenco, campeão paraense em 2011 após só três anos de história no futebol profissional em Tucuruí.
"É complicado de trabalhar no interior do Pará, falta estrutura, falta os dirigentes pensarem de forma mais profissional", conta Válter. Fundado em Belém nos anos 70, o clube se mudou para o interior e foi reinaugurado em 2009. A viagem de oito horas até a capital, onde enfrentou o São Paulo, é um dos pontos que o treinador usa para exemplificar sua rotina de trabalho em um Estado com dimensões nacionais. O Navegantão, estádio do clube, não foi liberado pela CBF.
"Jogar no Morumbi é momento de visibilidade, mas sou muito tranquilo, não vou forçar a barra para me exibir", promete o treinador de 51 anos que já trabalhou na dupla Remo e Paysandu, além do São Raimundo de Santarém, equipe forte do interior paraense. "Foram boas passagens", avalia. Como jogador, ele fez duas partidas pelo Paysandu e resolveu desistir do futebol.
Desistir, entretanto, não é um verbo que o treinador repete quando o tema é Copa do Brasil. "Se você entrar pensando que já perdeu, melhor mudar de profissão. A essência do futebol é ganhar, vamos jogar para ganhar", diz Válter. Um erro da arbitragem, que anulou gol legal do Independente-PA no jogo de ida, poderia até facilitar a tarefa do time de Tucuruí.
"O bandeira nos comprometeu e acho que a história seria outra. Ele fez tudo aquilo lá, mas agora já passou". Agora, para o Independente-PA, é a hora de procurar um feito ainda mais improvável que evitar a eliminação em casa contra o São Paulo. Vencer por dois gols no Morumbi. (Fonte: Terra.com.br)
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