Anderson Zambom (foto), o bispo de 26 anos, homossexual e fundador da Igreja Evangélica Inclusiva do Brasil, diz por que decidiu abrir em Porto Alegre um templo que aceita partidários de qualquer preferência sexual
Porque, na denominação que eu frequentava, ser gay é motivo de piada. Para os pastores, a homossexualidade é um grande pecado. Então, criei um espaço inclusivo e sem preconceitos para que gays como eu possam expressar sua fé.
Quando o senhor resolveu assumir que era gay?
Na adolescência, tive várias namoradas. Os pastores até me pressionavam para que eu casasse. Mas, aos 19 anos, tive meu primeiro namorado e vi que não dava mais para viver com máscaras.
Explique como é a sua igreja.
Ela é pentecostal e segue o Evangelho. A diferença é que é aberta a todos e abriga quem é excluído por causa de sua sexualidade. Mas não será um gueto gay. Famílias e heterossexuais são bem-vindos.
Como foi o primeiro culto?
Vieram umas cinquenta pessoas. Acho que é só uma questão de tempo para a frequência crescer.
Afinal, ser gay é pecado?
A Bíblia não fala de condenação à homossexualidade, e Deus não faz distinção entre as pessoas. O problema é que pastores fundamentalistas passam os ensinamentos errados. É evidente que ser gay não é pecado.
(Fonte: http://veja.abril.com.br)
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