O entendimento entre o governador Simão Jatene e o prefeito Duciomar Costa, que resultou no acordo entre Governo do Estado e Prefeitura Municipal de Belém para unificar os dois projetos, BRT e Ação Metrópole, foi o fato político mais relevante dos últimos anos para mais de dois milhões de pessoas que residem na área metropolitana da Grande Belém. Sócrates dizia que "não há problema que não possa ser resolvido quando há diálogo, tolerância, perseverança e humildade, princípios básicos de sabedoria." Já para Vinícius de Moraes, "a vida é a arte do encontro".
O acordo, que revela maturidade política, vai permitir o aproveitamento de investimentos da ordem de R$-910 milhões em obras viárias e na melhoria do sistema de tráfego urbano não só em Belém, mas também em mais cinco municípios da RMB. Não fora esse entendimento, a população de Belém iria ser vítima mais uma vez da cultura do atraso político, que tem resultado no retardamento do Ação Metrópole em duas décadas perdidas, pois os japoneses da Agência de Cooperação Técnica Internacional já ameaçavam abandonar o projeto, que acompanham desde a década de 80, com aquela paciência típica de sua cultura milenar.
Na verdade, ninguém mais aguenta os efeitos danosos de um trânsito que mata, que estressa, que gera prejuízos colossais não só de ordem econômica, mas, também, na qualidade de vida dos belenenses.
Nos últimos 30 anos, foram muitos os estudos e projetos visando soluções para o arcaico e congestionado sistema viário urbano de Belém, defasado em relação a demandas surgidas com o crescimento da cidade e o aumento colossal de sua frota de veículos, sem qualquer acompanhamento em termos de planejamento do tráfego pelos órgãos públicos ditos competentes.
As ruas de uma cidade são como as veias do corpo humano: quando entopem provocam a morte do organismo. É o caso do sistema viário urbano de Belém, à beira do colapso, com sua população à beira de um ataque de nervos. Com o ingresso diário, em média, de 60 novos veículos, circulando pelas mesmas obstruídas vias, a cidade está parando, em decorrência da ação inercial prolongada de parte dos agentes públicos envolvidos nas ações e obras viárias indispensáveis para desobstruir o caos nosso de cada dia.
Os investimentos do governo estadual devem somar R$ 530 milhões, que agora virão do empréstimo junto a Jica (R$-320 milhões) e os restantes R$-210 milhões do governo federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC da mobilidade urbana, cujos recursos, em princípio, não iriam contemplar Belém, fora do circuíto da Copa do Mundo de 2014. Portanto, sem esse bendito acordo, Belém seria castigada outra vez.
A Prefeitura de Belém continuará as obras de seu projeto BRT (ônibus rápido) que já iniciou, nos trechos das avenidas Augusto Montenegro e Almirante Barroso, mas estenderá a obra até a orla de Icoaraci, onde será implantado um terminal intermodal para permitir a conexão com o transporte fluvial para as ilhas. Além disso, o município ampliará o sistema de ônibus rápido para o trecho de São Brás até o Ver-o-Peso, não previsto no projeto original.
O governo do Estado se responsabiliza pelo prolongamento da avenida João Paulo II, do atual trecho asfaltado na passagem Mariana até o viaduto do Coqueiro. Também investirá no sistema de ônibus rápido do Entroncamento até o município de Marituba, além de construir a Rodovia Independência e a Avenida Perimetral, que consta do Projeto Integrado de Saneamento da Bacia do Tucunduba, retomado pelo governo Jatene.
Duciomar, justificando sua teimosia, disse que o impasse criado entre governo do Estado e município teve saldo positivo, pois " o resultado acabou sendo melhor do a gente esperava". Afinal, com a intervenção do governo federal foi possível aumentar os investimentos e incluir o prolongamento da João Paulo II, não previsto no projeto original.
Para o governador Jatene, o êxito nas negociações revelou maturidade e bom senso das partes envolvidas na polêmica, destacando o papel moderador exercido pelo governo federal, via Ministério das Cidades, que abriu o caminho para o entendimento ao incluir o projeto do BRT no PAC da mobilidade desde que houvesse acordo entre as duas esferas da administração pública, a estadual e a municipal.
O acordo, que revela maturidade política, vai permitir o aproveitamento de investimentos da ordem de R$-910 milhões em obras viárias e na melhoria do sistema de tráfego urbano não só em Belém, mas também em mais cinco municípios da RMB. Não fora esse entendimento, a população de Belém iria ser vítima mais uma vez da cultura do atraso político, que tem resultado no retardamento do Ação Metrópole em duas décadas perdidas, pois os japoneses da Agência de Cooperação Técnica Internacional já ameaçavam abandonar o projeto, que acompanham desde a década de 80, com aquela paciência típica de sua cultura milenar.
Na verdade, ninguém mais aguenta os efeitos danosos de um trânsito que mata, que estressa, que gera prejuízos colossais não só de ordem econômica, mas, também, na qualidade de vida dos belenenses.
Nos últimos 30 anos, foram muitos os estudos e projetos visando soluções para o arcaico e congestionado sistema viário urbano de Belém, defasado em relação a demandas surgidas com o crescimento da cidade e o aumento colossal de sua frota de veículos, sem qualquer acompanhamento em termos de planejamento do tráfego pelos órgãos públicos ditos competentes.
As ruas de uma cidade são como as veias do corpo humano: quando entopem provocam a morte do organismo. É o caso do sistema viário urbano de Belém, à beira do colapso, com sua população à beira de um ataque de nervos. Com o ingresso diário, em média, de 60 novos veículos, circulando pelas mesmas obstruídas vias, a cidade está parando, em decorrência da ação inercial prolongada de parte dos agentes públicos envolvidos nas ações e obras viárias indispensáveis para desobstruir o caos nosso de cada dia.
Os investimentos do governo estadual devem somar R$ 530 milhões, que agora virão do empréstimo junto a Jica (R$-320 milhões) e os restantes R$-210 milhões do governo federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC da mobilidade urbana, cujos recursos, em princípio, não iriam contemplar Belém, fora do circuíto da Copa do Mundo de 2014. Portanto, sem esse bendito acordo, Belém seria castigada outra vez.
A Prefeitura de Belém continuará as obras de seu projeto BRT (ônibus rápido) que já iniciou, nos trechos das avenidas Augusto Montenegro e Almirante Barroso, mas estenderá a obra até a orla de Icoaraci, onde será implantado um terminal intermodal para permitir a conexão com o transporte fluvial para as ilhas. Além disso, o município ampliará o sistema de ônibus rápido para o trecho de São Brás até o Ver-o-Peso, não previsto no projeto original.
O governo do Estado se responsabiliza pelo prolongamento da avenida João Paulo II, do atual trecho asfaltado na passagem Mariana até o viaduto do Coqueiro. Também investirá no sistema de ônibus rápido do Entroncamento até o município de Marituba, além de construir a Rodovia Independência e a Avenida Perimetral, que consta do Projeto Integrado de Saneamento da Bacia do Tucunduba, retomado pelo governo Jatene.
Duciomar, justificando sua teimosia, disse que o impasse criado entre governo do Estado e município teve saldo positivo, pois " o resultado acabou sendo melhor do a gente esperava". Afinal, com a intervenção do governo federal foi possível aumentar os investimentos e incluir o prolongamento da João Paulo II, não previsto no projeto original.
Para o governador Jatene, o êxito nas negociações revelou maturidade e bom senso das partes envolvidas na polêmica, destacando o papel moderador exercido pelo governo federal, via Ministério das Cidades, que abriu o caminho para o entendimento ao incluir o projeto do BRT no PAC da mobilidade desde que houvesse acordo entre as duas esferas da administração pública, a estadual e a municipal.
Com a "repaginação" de seu sistema viário urbano e implantação de transporte coletivo moderno e decente, além da eliminação de "gargalos" como os do Entroncamento e da BR-316, que provocam estressantes congestionamentos, Belém se tornará uma metrópole moderna e de qualidade de vida bem melhor para seu povo.
Em recente artigo publicado neste blog - O presente que Belém merece - dizia que ... "certamente, se perguntado em plebiscito qual o melhor presente para a cidade no dia de seu aniversário, o belenense diria preferir o entendimento e a união dos gestores públicos em torno de um projeto comum (BRT + Ação Metrópole) que possa resgatar não só a mobilidade urbana ameaçada, mas, também, a dignidade e a melhor qualidade de vida de sua gente. Na vida pública, como no futebol, ninguém ganha mais jogo ou eleição jogando sozinho. A Academia Barcelona de futebol & arte deu recente aula magna sobre essa disciplina. Pensem nisso, senhores do destino de nossa querida Belém. Pensar não dói e ainda não paga imposto."
Ainda bem que prevaleceu o bom senso e todos os esforços agora devem ser concentrados na busca do tempo perdido. O bom acordo, no caso de obras públicas, é aquele que contempla o interesse coletivo em detrimento de projetos políticos pessoais ou de lobistas e empreiteiras. Em recente plebiscito, o povo paraense optou pela união ao rejeitar a divisão. Que bom que os gestores públicos entenderam o recado das urnas.
Em recente artigo publicado neste blog - O presente que Belém merece - dizia que ... "certamente, se perguntado em plebiscito qual o melhor presente para a cidade no dia de seu aniversário, o belenense diria preferir o entendimento e a união dos gestores públicos em torno de um projeto comum (BRT + Ação Metrópole) que possa resgatar não só a mobilidade urbana ameaçada, mas, também, a dignidade e a melhor qualidade de vida de sua gente. Na vida pública, como no futebol, ninguém ganha mais jogo ou eleição jogando sozinho. A Academia Barcelona de futebol & arte deu recente aula magna sobre essa disciplina. Pensem nisso, senhores do destino de nossa querida Belém. Pensar não dói e ainda não paga imposto."
Ainda bem que prevaleceu o bom senso e todos os esforços agora devem ser concentrados na busca do tempo perdido. O bom acordo, no caso de obras públicas, é aquele que contempla o interesse coletivo em detrimento de projetos políticos pessoais ou de lobistas e empreiteiras. Em recente plebiscito, o povo paraense optou pela união ao rejeitar a divisão. Que bom que os gestores públicos entenderam o recado das urnas.
Belém e o Pará estão de parabéns porque, como diz o Francisco Sidou, Prefeito e Governador, afinal de contas, se entenderam. Um "entendimento" talvez, por conta da mensagem deixada pelo plebiscito sobre a divisão do Para, ou, mais provavelmente, por conta do ultimato de Brasília: Ou os brigões se unem ou nada de verbas federais para eles.
ResponderExcluirDe qualquer forma, Ducimar, com o seu BRT acabou tirando da gaveta insólita do Jatene (neste e no seu governo anterior, passando pelo da Ana Julia e outros mais, como os do Almir) o projeto da JICA que, nela dormitava por quase 20 anos, como, em postagens atrás, dizia o Jornalista Sidou.
Seja como for, vivas à união do prefeito e do governador que pode ser um prenúncio da tendência das parcerias que irão se estabelecer no pleito de outubro próximo.
Particularmente, vivas também ao jornalista Sidou, de quem sou desafeto declarado no rumoroso caso CAPAF (a caixa de previdência dos funcionários do Banco da Amazônia), em reconhecimento a clarividência que demonstra em matérias do interesse público. Aí ele se denota um verdadeiro Jornalista Cidadão.
Ora vejam!
ResponderExcluirAssim como Duciomar e Jatene, de tanto brigarem acabaram se entendendo, parece que a rusga empedwernida entre o Amingtgore e o Sidou, no caso da Capaf vai acabar em pizza.
Vopu acabar refazendo os meus conceitos, contrariando a sabedoria popular, e acabar achando que dois bicudos se baijam, sim. Ou não ???