“Se ainda fosse presidente da República, esse comportamento seria
passível de impeachment por configurar infração político-administrativa,
em que um chefe de poder tenta interferir em outro”. A frase é do
decano do Supremo Tribunal Federal, ministro Celso de Mello,
em reação à informação de que o ex-presidente da República, Luiz Inácio
Lula da Silva, tem feito pressão sobre ministros do tribunal para que o
processo do mensalão não seja julgado antes das eleições municipais de
2012. “É um episódio anômalo na história do STF”, disse o ministro.
As informações sobre as pressões de Lula foram publicadas em reportagem da revista Veja deste fim de semana. Os dois mais antigos ministros do Supremo — além de Celso de Mello, o ministro Marco Aurélio — reagiram com indignação à reportagem. Ouvidos neste domingo (27/5) pela revista Consultor Jurídico, os dois ministros classificaram o episódio como “espantoso”, “inimaginável” e “inqualificável”.
Mais aqui:Comportamento de Lula
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