Movimentos ligados aos direitos humanos no Pará comemoraram a decisão
do Superior Tribunal de Justiça desta quarta-feira (22), que manteve
preso o fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, condenado por envolvimento
na morte da missionária americana Dorothy Stang.
"Nós podemos dizer que a justiça está tentando seguir o que deve fazer.
Tudo prova que Regivaldo foi um dos mandantes, e estamos felizes porque
ele foi condenado", afirmou a missionária Julia Depwig, da congregação
de Notre Dame, ordem da qual Dorothy Stang fazia parte. "Ninguém fica
feliz por uma pessoa estar na cadeia, mas ficamos felizes pela justiça
ser feita", avaliou Depwig.
Os familiares do fazendeiro ficaram abalados com a manutenção da prisão
de Galvão. "Vamos recorrer até o último momento", disse Rosangela
Galvão, esposa de Regivaldo. "A justiça colocou o Regivaldo nesta
situação. Ele foi prejudicado pela delação premiada, já que o Amair
(Feijoli da Cunha, também condenado pela morte da missionária,
beneficiado com prisão domiciliar em 2010) deu declarações contra o
Regivaldo, mas apesar dele ter voltado atrás, ninguém leva isto em
consideração", comenta Rosângela. (G1PA)
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