Um dos júris populares mais aguardados do ano em Santarém começará hoje (14) às 8h, com previsão para 3 dias de julgamento. No banco dos
réus, o mais experiente advogado criminalista da cidade, Wilton Dolzanis, 61 anos. Ele é acusado de ter mandado matar o também advogado Walter Cardoso, assassinado há 16 anos, durante a campanha eleitoral na qual era candidato a vereador.
Walter Cardoso notabilizou-se por ser advogado aguerrido e polêmico,
que denunciava à imprensa qualquer atitude que considerava suspeita. O crime teve grande repercussão à época.
Dois pistoleiros foram contratados para matá-lo: Rui Ferreira, o Gavião, e Ademailton Moraes, o Pernambuco. Esse já é falecido e aquele cumpre sua sentença em penitenciária federal. Outro que já foi julgado pelo mesmo crime foi o advogado Raimundo
Messias Oliveira de Sousa, o Dinho, que também foi condenado, mas acabou
assassinado em Itaituba, quando se encontrava em liberdade condicional.
Segundo a denúncia do MP (Ministério Público) do Pará, há indícios
nos autos que Dolzanis teria sido mandante do crime, por conta de suas
relações com Dinho, Gavião e Pernambuco.
O MP pede a condenação do réu pelo crime de homicídio duplamente
qualificado (crime cometido com contratação de pistoleiros e de
emboscada), que pode resultar numa pena máxima de até 30 anos de prisão.
O réu nega as acusações e fará sua auto-defesa durante o tribunal, acompanhado de outros três advogados: José Ronaldo Dias Campos, Luis Alberto Mota Figueira e Benones Agostinho do Amaral.
Na semana passada, um dos advogados de Dolzanis entrou com pedido de
adiamento da sessão e outro com pedido de acompanhamento médico, por
conta de problemas de saúde que enfrenta.
O MP, que será representado pelo promotor Cláudio Lopes Bueno, foi contrário ao adiamento da sessão bem como a outros pedidos feitos pelo réu. O juiz Gérson Marra Gomes, que presidirá a sessão, ainda não deliberou sobre os pedidos e só o fará durante a abertura dos trabalhos. (Fonte: Blog do Jeso)
Do Ercio:
Almejo que o meu amigo Wilton possa provar a sua inocência e seja absolvido. Trabalhamos juntos, ainda jovens, na Rádio Rural de Santarém.
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