O secretário-geral da Rio+20, Sha Zukang, com o ministro
Antonio Patriota em segundo plano, comanda a festa que encerrou o
primeiro dia da conferência
(Alexandre Cassiano/Agência O Globo)
Ainda não foi possível medir o resultado das negociações no primeiro dia de comitê preparatório para a Rio+20. Mesmo assim, os diplomatas e delegados de todos os países da ONU, que ontem (13) foram autorizados a tirar as gravatas e arregaçar as mangas para correr contra o tempo e resolver mais de 200 impasses no texto que definirá "o nosso futuro comum", puderam fazer uma pausa para sambar. O governo brasileiro proporcionou uma recepção aos participantes da conferência no início da noite. Os visitantes puderam beber vinho nacional, comer salgados e confraternizar ao som de uma banda tocando ao vivo o ritmo mais celebrado do Brasil.
Após as boas vindas do ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, o secretário-geral da Rio+20, Sha Zukang, tomou o microfone e contagiou a platéia do Riocentro. "Quero dizer em nome de todos nós um muito obrigado por sua hospitalidade legendária", disse, sob aplausos. No entanto, sem deixar que o clima o contagiasse demais, lembrou o motivo do encontro: "Espero que esse apoio e hospitalidade também sejam traduzidos em uma oportunidade para as negociações do documento que estamos produzindo".
Mostrando total domínio de público e talento para rockstar, o diplomata chinês então invocou a resposta da platéia. "Nós teremos um bom resultado e um resultado que seja aceito por todos. Vocês concordam comigo?". A platéia respondeu empolgada, então Zukang disse aos berros para o delírio geral: "Nós precisamos entregar! Nós temos cumprir o dever!". E o samba recomeçou.
As negociações serão retomadas a partir de amanhã. Mas, em encontros fechados, os diplomatas ainda passam a noite debruçados sobre o texto e seus polêmicos parágrafos entre parênteses. A cúpula de chefes de estado começa no dia 20. Zukang e os demais envolvidos trabalham para entregar um documento com propostas claras para que os líderes consigam assinar o acordo histórico buscado pela ONU. (Fonte: O Globo)
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