Dos
nove governadores da Amazônia Legal, apenas três cumpriram agenda ontem
na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a
Rio+20, quando seria apresentada e formalizada à presidente Dilma
Rousseff a Carta da Amazônia. Com o anúncio na última terça-feira de que
a presidente não compareceria ao evento apenas mandaria um
representante, começou a debandada de governadores, dentre eles o do
Pará, Simão Jatene. Conhecido como o 'Pacto do Desenvolvimento
Sustentável na Amazônia', a carta contém mais de 400 artigos que
contemplam, entre outros pontos, a proteção dos povos amazônicos e a
implementação do desenvolvimento sustentável na Amazônia. O conteúdo do
texto foi elaborado pelos governadores, por instituições não
governamentais e por tribos indígenas. A mesa ficou vazia, com a
presença de apenas quatro integrantes (3 governadores e um vice).
Representando o governo Federal estiveram a ministra das Relações
Institucionais Ideli Salvatti e o sub-chefe de Asssuntos Federativos da
Presidência da República, Olavo Nolato.
O
auditório, com capacidade para mais de 100 pessoas, não chegou a ter
todos seus lugares preenchidos. A maioria dos presentes eram da
imprensa, das assessorias dos governadores e de parlamentares que já
participaram direta, ou indiretamente, do debate ambiental. Para o
governador do Amapá, Camilo Capiberibe, o fato de o evento ficar vazio e
sem a presença de líderes importantes para a Carta da Amazônia não
retira o potencial e a força que tem o documento. 'A Carta representa um
esforço coletivo do povo da Amazônia e um compromisso que nós,
governadores, assumimos. Nós estamos aqui representando todo mundo que
colaborou com esse pacto. Ele por si só já é uma grande vitória',
explicou o governante. O governador Confucio Moura, de Rondônia, reitera
o posicionamento de Capiberibe, acrescentando que a Carta é um
documento democrático com a ampla participação da sociedade civil.
'Continua com a mesma intensidade, as faltas não representam perda de
força', disse o chefe do executivo do Governo de Rondônia. O outro
governador presente, José de Anchieta Júnior, de Roraima, faz coro aos
colegas e aproveita para explicar as ausências: 'É só um problema de
agendamento, a presidente e os governadores tiveram problemas com a
agenda. De forma alguma o documento perde a consistência. Nós estamos
todos afinados e com o mesmo discurso, mesmo os que não puderam vir',
concluiu José de Anchieta. (Jornal Amazônia)
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