A Agência Nacional das Águas (ANA) divulgou ontem (4)
o Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil – Informe 2012
, em Brasilia. Segundo o documento cerca de 80% dos recursos hídricos
nacionais estão na Amazônia, mas a rede de abastecimento e de tratamento
de esgoto ainda não alcança nem metade da população que vive na região.
O território paraense é perneado por três importantes bacias hidrográficas (BH). Além da BH Amazônica, o Pará
também está inserido na BH Tocantins Araguaia e o extremo nordeste do
estado na BH Atlântico Nordeste Ocidental. Todas registraram aumento do
índice de chuvas no período, o que ajuda a explicar a ocorrência de
cheias em alguns rios da região.
De acordo com o documento, no Pará há 1.280 reservatórios com mais de
20 hectares de extensão. Destes, 76 são artificiais, 76 são de domínio
do estado no entanto possuem usos múltiplos e dois reservatórios são
usados apenas na geração de nergia elétrica.
Com duas das maiores bacias do país, no Pará não há água para todos
Ainda segundo o relatório, o abastecimento de água alcança menos de 40% da população da maioria dos municípios do sudoeste do estado, de parte das cidades do nordeste paraense e de parte das cidades da região do Marajó, no Pará.
Ainda segundo o relatório, o abastecimento de água alcança menos de 40% da população da maioria dos municípios do sudoeste do estado, de parte das cidades do nordeste paraense e de parte das cidades da região do Marajó, no Pará.
A principal fonte de água seriam os mananciais subterrâneos, devido a
existência de aquíferos com elevado potencial hídrico na região e em
"função da simplicidade operacional do abastecimento por poços para o
atendimento de municípios de pequeno porte", esclarece a publicação. A
ANA ressalta que mesmo a existência da rede de água, não significa
garantia da oferta hídrica. Porém, pelo menos onze municípios espalhados
pelo estado necessitam de um novo manancial como fonte de água.
Segundo a ANA, até dezembro de 2011 o Pará ainda não possuia o plano estadual de recursos hídricos.
Rede de esgoto alcança apenas 5% dos municípios do estadoNo
que diz respeito a rede de esgoto e tratamento de água, o Pará
apresenta índices pouco satisfatórios apesar dos investimentos no setor.
"Os resultados indicam que o País possui um alto índice urbano de
cobertura de abastecimento de água. No entanto, os índices de coleta e
tratamento de esgotos domésticos urbanos continuam em patamares
inferiores", conclui a ANA.
Em Belém
o índice de lançamento de esgotos nos rios está entre 101 e 150
toneladas por dia apesar de, segundo o documento da ANA, a capital do
estado ter um dos maiores investimentos no setor nos últimos anos.
Perto das casas paraenses, não há calçadas, meio fio ou rede de esgoto (Foto: Elivaldo Pamplona/O Liberal)
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