Os
servidores do Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran)
entram em greve a partir de hoje. Segundo o Sindicato dos Servidores do
Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Sindetran), a decisão foi
tomada porque até ontem não havia resposta do governo do Estado sobre as
reivindicações da categoria.
Entre
as principais demandas dos funcionários do órgão estão melhorias
salariais e implementação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração
(PCCR). De acordo com informações do Sindetran, a partir das 8 horas de
hoje os servidores do Detran se reunirão em frente ao sindicato,
localizado no conjunto Panorama XXI, na rodovia Augusto Montenegro, para
discutir a agenda de greve. Por enquanto, não há previsão de protestos.
Em
nota, o Detran/PA informou que tomará providências para que usuários e
funcionários que queiram trabalhar hoje tenham acesso às dependências do
órgão. A direção do Detran destaca que o Sindetran tem sua
representatividade contestada por outro sindicato de servidores
públicos, o Sepub (Sindicato dos Servidores Públicos Civis do Estado do
Pará), que obteve na Justiça o direito de representar os servidores do
Detran (acórdão do TRT/8ª Região, de 24 de abril de 2012).
Sead: medidas para atender às reivindicações foram tomadas
Por
meio da Secretaria de Estado de Administração (Sead), o governo do
Estado, em reunião com o Sindetran, no último dia 30 de maio, garantiu
que será feito um estudo do PCCR do Detran e medidas nesse sentido já
foram adotadas, entre elas a reestruturação da tabela salarial, feita em
2011, que concedeu 102% de reajuste na remuneração, enquanto que a
inflação acumulada ficou em torno de 8%.
A
titular da Sead, Alice Viana, esclareceu que é necessário manter o
equilíbrio fiscal e financeiro do Estado e que os recursos do Estado
precisam ser aplicados fundamentalmente em políticas públicas,
especialmente nas áreas de serviços essenciais como saúde, educação e
segurança.
Segundo a nota do
governo, a organização das Carreiras e dos Sistemas de promoções é
necessária, mas é preciso estruturá-las com responsabilidade,
respeitando as limitações legais, orçamentárias e financeiras, pois
atualmente 44,5% da receita corrente líquida do Estado é utilizada para
gastos com pessoal e não é possível olhar de forma isolada uma única
categoria. (Amazônia)
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