“Sempre tive como princípio fundamental, em meus
22 anos de magistratura, não retardar nem precipitar o julgamento de
nenhum processo, sob pena de instaurar odioso procedimento de exceção”.
Essa é parte da resposta
do ministro Ricardo Lewandowski, revisor da Ação Penal 470, que trata
da existência do mensalão, ao presidente do Supremo Tribunal Federal,
ministro Carlos Ayres Britto.
Lewandowski respondeu ao ofício enviado na manhã de sexta-feira (22/6) a seu gabinete pelo presidente do Supremo. Britto tentou falar com o ministro, mas como não conseguiu avisou a assessoria do revisor e enviou o ofício. Não fez referência direta ao processo do mensalão. Mas os termos da mensagem foram claros: se o revisor não liberasse seu voto até esta segunda, o julgamento não poderia começar em 1º de agosto, conforme o cronograma aprovado.
No ofício, Lewandowski respondeu que o cronograma foi aprovado “sob a condição de o revisor liberar o processo até o final de junho de 2012”, de acordo com a ata da sessão. O ministro disse que mantém o cronograma. A expectativa é de que ele libere o voto até quarta-feira (27/6).
De acordo com o regimento interno do Supremo, a pauta de julgamentos tem de ser publicada, pelo menos, 48 horas antes da sessão. Para constar da pauta, o processo tem de ser publicado no Diário da Justiça Eletrônico 24 horas antes. Assim, o voto teria de ser liberado nesta terça (26/6) para que o cronograma fosse cumprido.
Na correspondência enviada a Britto, o ministro Lewandowski deixa claro seu descontentamento com a pressão que vem sentindo dos próprios colegas para liberar seu voto. O ministro faz referência indireta à reportagem publicada no domingo pelo jornal Folha de S.Paulo: “Divulgada a correspondência para a mídia, antes mesmo de chegar ela ao meu conhecimento, jornal de grande circulação nacional destacou, em subtítulo de notícia sobre o tema, o seguinte: ‘Presidente do STF advertiu por escrito Lewandowski...’.”
O ministro Ricardo Lewandowski não esconde sua insatisfação com a cobrança interna feita sobre ele. A sessão administrativa em que o cronograma de julgamento foi aprovado se deu sem a sua presença. Ele concordou com os termos, mas não sabia de seu conteúdo antes da sessão.
Todos os ministros foram formalmente notificados da sessão administrativa, mas Lewandowski já tinha compromisso marcado e não compareceu. De qualquer forma, o cronograma não havia sido conversado antes com o revisor. O que o chateou. Advogados comentam que nunca houve um caso de a sessão de julgamento de um processo ser marcado sem que o revisor houvesse liberado o voto.
Clique aqui para ler o ofício.
Lewandowski respondeu ao ofício enviado na manhã de sexta-feira (22/6) a seu gabinete pelo presidente do Supremo. Britto tentou falar com o ministro, mas como não conseguiu avisou a assessoria do revisor e enviou o ofício. Não fez referência direta ao processo do mensalão. Mas os termos da mensagem foram claros: se o revisor não liberasse seu voto até esta segunda, o julgamento não poderia começar em 1º de agosto, conforme o cronograma aprovado.
No ofício, Lewandowski respondeu que o cronograma foi aprovado “sob a condição de o revisor liberar o processo até o final de junho de 2012”, de acordo com a ata da sessão. O ministro disse que mantém o cronograma. A expectativa é de que ele libere o voto até quarta-feira (27/6).
De acordo com o regimento interno do Supremo, a pauta de julgamentos tem de ser publicada, pelo menos, 48 horas antes da sessão. Para constar da pauta, o processo tem de ser publicado no Diário da Justiça Eletrônico 24 horas antes. Assim, o voto teria de ser liberado nesta terça (26/6) para que o cronograma fosse cumprido.
Na correspondência enviada a Britto, o ministro Lewandowski deixa claro seu descontentamento com a pressão que vem sentindo dos próprios colegas para liberar seu voto. O ministro faz referência indireta à reportagem publicada no domingo pelo jornal Folha de S.Paulo: “Divulgada a correspondência para a mídia, antes mesmo de chegar ela ao meu conhecimento, jornal de grande circulação nacional destacou, em subtítulo de notícia sobre o tema, o seguinte: ‘Presidente do STF advertiu por escrito Lewandowski...’.”
O ministro Ricardo Lewandowski não esconde sua insatisfação com a cobrança interna feita sobre ele. A sessão administrativa em que o cronograma de julgamento foi aprovado se deu sem a sua presença. Ele concordou com os termos, mas não sabia de seu conteúdo antes da sessão.
Todos os ministros foram formalmente notificados da sessão administrativa, mas Lewandowski já tinha compromisso marcado e não compareceu. De qualquer forma, o cronograma não havia sido conversado antes com o revisor. O que o chateou. Advogados comentam que nunca houve um caso de a sessão de julgamento de um processo ser marcado sem que o revisor houvesse liberado o voto.
Clique aqui para ler o ofício.
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