De Reinaldo Azevedo, colunista da revista Veja:
"Começa na quinta-feira o primeiro dia do
resto da vida institucional no Brasil. São nove homens, duas mulheres e
um destino: o do país! Celso de Mello, Marco Aurélio Mello, Gilmar
Mendes, Cezar Peluso, Ayres Britto, Joaquim Barbosa, Ricardo
Lewandowski, Carmen Lúcia, Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber vão
decidir se o país renova a sua opção pela democracia ou se marca um
encontro com a impunidade, a bandalheira, o roubo e o atraso.
(...) Aos ministros do STF caberá avaliar a participação
de cada um dos 38 réus naquela cadeia de crimes, mas sem jamais perder
de vista que o crime existiu. O mensalão foi, antes de mais nada, um
atentado contra o regime democrático. Se aqueles que os protagonizaram
saírem do tribunal com os ombros leves, então o crime terá vencido a
batalha contra os cidadãos porque livres estarão os criminosos.
Inclusive para voltar a delinquir. Os 11 do Supremo estarão decidindo,
também, quais armas são legítimas na luta política e quais não são.
(...) Se o
núcleo criminoso for absolvido, então os absolvedores do Supremo estarão
a dizer que é legítimo usar dinheiro público para atender às
necessidades de um partido. Se o núcleo criminoso for absolvido,
então os absolvedores do Supremo estarão a dizer que é legítimo comprar
partidos, comprar políticos, comprar consciências. Se o núcleo criminoso for absolvido,
então os absolvedores do Supremo estarão a dizer que é legítimo recorrer
à trapaça, à ameaças, à chantagem, à calúnia, à injúria e à difamação,
sufocando a verdade com a mentira."
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