Apesar
de ilegais, as rinhas de galos continuam sendo um negócio lucrativo em
Belém e as apostas podem chegar a R$ 50 mil. A polícia, entretanto, tem
dificuldade para localizar os donos desses animais. No começo deste mês,
policiais militares apreenderam 105 galos de briga, ou "galos
combatentes", em um sítio em Outeiro, mas o proprietário do
estabelecimento não estava no local.
Para
dificultar a ação dos policiais, as rinhas funcionam em endereços
isolados e cercados de muros altos. "São locais acima de qualquer
suspeita", diz o delegado Marcos Lemos, diretor da Delegacia de Combate a
Crimes Contra a Fauna e a Flora, da Divisão Especializada em Meio
Ambiente (Dema), da Polícia Civil paraense. Ele explica que os donos dos
galos, conhecidos como "galistas", contratam seguranças para ficar fora
do imóvel, atentos a qualquer movimentação estranha. Esses ambientes,
informa o delegado, também contam com mais de uma saída, para que os
apostadores possam deixar rapidamente os locais e escapar de um possível
flagrante. Por este motivo é difícil localizar, e identificar, os
proprietários desses estabelecimentos. Eles, em muitos casos, exercem
função pública e delegam a outras pessoas a tarefa de manter os animais,
para não ter seus nomes associados a essa atividade ilegal.
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