Embora tenha evitado dizer textualmente que descartava a ideia de uma
manifestação nas ruas, o novo presidente da Central Única dos
Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, recuou ontem, 9, das
declarações de que a central sindical pode mobilizar trabalhadores caso o
Supremo Tribuna Federal (STF) faça um julgamento político do processo
do mensalão. Ele repetiu diversas vezes que o Supremo fará um julgamento
técnico, em cima dos autos.
"Acreditamos nas instituições que nós mesmo criamos. Não temos dúvida
nenhuma de que teremos um julgamento técnico, no campo jurídico. O
Supremo, como órgão competente que é, tem toda a confiança da população
brasileira para fazer um julgamento no campo técnico, daquilo que está
escrito nos autos. Era isso o que eu gostaria de ter dito hoje" disse,
referindo-se à entrevista que deu ao jornal Folha de S.Paulo. "Esse era o recado que queríamos dar em nome da CUT".
Nos bastidores do Congresso da CUT, realizado ontem em São
Paulo, a direção da central foi advertida da inconveniência das
declarações de Freitas por petistas como o presidente da Câmara, Marco
Maia, que pregou um "desarmamento" do debate.
Vagner indicou que sua fala sobre a mobilização nas ruas é uma espécie
de antídoto para que o julgamento não seja politizado. "Um pouco da
nossa tentativa de fazer a intervenção é de que a gente não transforme
isso numa queda de braço política entre defensores de tese A, B ou C.
Por isso que acreditamos que o Supremo, do alto da sua responsabilidade,
num Brasil que caminha numa normalidade democrática, vai fazer o
julgamento em cima dos autos". Afirmou, ainda, que a "grande preocupação" da CUT é que não exista um
pré-julgamento do caso e afirmou que a central não se omitirá de opinar
sobre o mensalão. "A CUT é uma central sindical importante e nunca vai
se omitir diante de fatos importantes do Brasil". (Fonte: Estadão)
Leia mais aqui > CUT diz que irá às ruas para defender réus do mensalão...
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