O Ministério Público (MP) de Goiás determinou ontem, 10, o
afastamento do ex-senador Demóstenes Torres (GO) da função de procurador
estadual que ele voltou a exercer desde que teve o mandato de senador
cassado, há três meses. A medida, imposta pelo corregedor-geral Aylton
Flávio Vechi, decorre da abertura de processo administrativo
disciplinar, instaurado para apurar "violação de deveres funcionais" em
razão do envolvimento do ex-senador com o esquema investigado pela
Operação Monte Carlo e comandado pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira.
O processo, que correrá em caráter sigiloso, pode resultar em punições
que vão da advertência à demissão do cargo. Nesse caso, Demóstenes será
aposentado compulsoriamente e ainda pode sofrer ação posterior para
perda da aposentadoria. Para o advogado Antônio Carlos de Almeida
Castro, o Kakay, o afastamento é um ato indevido e com viés político,
mas ele ressalvou que não é mais defensor do ex-senador desde que ele
retornou ao MP goiano.
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