“Só existe uma possibilidade de eles me derrotarem. É trabalharem mais do que eu. Mas se ficar um vagabundo, numa sala com ar-condicionado, falando mal de mim, vai perder", disse, sem fazer referência direta a uma pessoa ou situação.
A declaração foi feita um dia após ele receber o apoio de oito governadores na sede do Instituto Lula, que prestaram solidariedade ao ex-presidente.
"O que mais machuca os meus adversários é o meu sucesso. Eu às vezes compreendo a mágoa deles. (...) Tem gente que olha na minha cara e pensa que eu sou burro. Eu tenho um pouco de inteligência e consigo compreender o jogo que eles fazem", disse.
O ex-presidente lembrou que elegeu a presidente Dilma Rousseff e o prefeito da capital paulista, Fernando Haddad, e prometeu voltar a percorrer o país em 2013 para ajudar o PT a conquistar mais espaço.
"Não se preocupem com os ataques. Há uma razão para isso. Em 2010, quando elegemos a Dilma, a Dilma era um poste. Então, vencemos. Agora, quando apresentamos o Fernando Haddad aqui, era outro poste. Vencemos. Eu fiquei um ano fora da presidência. Eu tinha uma meta que era deixar a companheira Dilma construir a sua cara de semelhança da presidência, viajei para 36 países no primeiro ano. Depois, em outubro, fiquei um ano debilitado. Se eles não me pegaram quando minha barba não existia, agora que eu estou deixando ela crescer novamente vai ser muito difícil, porque no ano que vem estarei, para alegria de muitos e para tristeza de poucos, voltando a andar por este país."
O ex-presidente também quer reforçar a aliança entre os partidos de esquerda. "Eu vou voltar a andar pelo Brasil porque acho que nós ainda temos muita coisa para fazer pelo Brasil. Nós temos que ajudar cada vez mais a presidenta Dilma a fazer cada vez mais por este país. Nós temos que ganhar ainda muitos governos de estado, muitas prefeituras, temos que ganhar muita coisa. Temos que trabalhar forte para manter a aliança de esquerda neste país: PT, PCdoB, PSB e PDT. Trabalhar com os setores progressistas da sociedade." Lula citou conquistas na área da educação e habitação para apontar diferença entre sua gestão e a dos antecessores. "Como eles previam o meu fracasso, eu era o próprio Titanic, eles não perceberam a construção que nós fizemos." (G1)
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