Fale com este blog

E-mail: ercio.remista@hotmail.com
Celular/watsap: (91) 989174477
Para ler postagens mais antigas, escolha e clique em um dos marcadores relacionados ao lado direito desta página. Exemplo: clique em Santarém e aparecerão todas as postagens referentes à terra querida. Para fazer comentários, eis o modo mais fácil: no rodapé da postagem clique em "comentários". Na caixinha "Comentar como" escolha uma das opções. Escreva o seu comentário e clique em "Postar comentário".

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Nos EUA, Lula diz que não morrerá em casa 'tossindo', mas ativo em palanque

Em discurso para uma plateia de sindicalistas americanos, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva afirmou ontem (3), que não morrerá "em casa tossindo, mas em um palanque ou em qualquer lugar brigando com alguém". Embora o recado possa ter recipientes atentos no Brasil, naquele momento fez parte da receita de auto-ajuda do ex-líder sindical e político ainda ativo às organizações trabalhistas dos Estados Unidos. 

Lula defendeu que o movimento sindical americano não pode tolerar a imposição de empresas, como a Nissan, que rejeitam a sindicalização de seus funcionários como requisito para realizar seu investimento no país. Estimulou ainda os sindicalistas a se candidatarem a postos públicos, seguindo seu exemplo, e não esperar que políticos da elite os represente no Congresso.

"Nunca pensei em ser vereador ou síndico do prédio em que morava e cheguei à presidência do Brasil", vangloriou-se, vestido com uma jaqueta do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Automotiva e Aeroespacial dos EUA (UAW, na sigla em inglês) presenteada pelo líder dessa organização, Bob King. "Pensem no seguinte: o político honesto não está em mim. Está em cada um de vocês. Assuma a responsabilidade de ter um sindicalista, um metalúrgico, no Congresso", completou.

Lula foi calorasamente recebido pelos sindicalistas, reunidos para o Programa de Ação Comunitária do UAW, evento anual que já teve entre seus principais convidados o presidente dos EUA, Barack Obama, e Bill Clinton,quando estava no comando do país. A platéia gritava o nome de Lula e o aplaudia com entusiasmo enquanto ele contava a história do movimento sindical brasileiro a partir dos anos 80, a fundação do PT e sua trajetória política cheia de fracassos eleitorais antes de sua vitória, em 2002. Recebeu o título de filiado honorário da UAW e, Bob King, deu de presente uma camiseta 8 do Corinthians com uma dedicatória.

O ex-presidente não aconselhou apenas os "companheiros" sindicalistas americanos, mas também emitiu sua receita de exercício do poder para o governante dos EUA, empossado no último dia 21 para seu segundo mandato. Lula lembrou que, ao ser eleito, em 2002, teve a "consciência" de não poder cometer erros, sob o risco de nenhum outro operário vir a ser escolhido para presidir o Brasil. Nos EUA, eventuais erros de Obama significarão a frustração de futuras candidaturas de afro-americanos, emendou ele.

"Vocês não sabem o quanto eu torci pela eleição do presidente Obama. A eleição de um negro era necessária, como foi a de um operário no Brasil e a de um índio, na Bolívia", disse, sob aplausos efusivos da platéia. Sindicalistas, em massa, votam para os candidatos democratas nos EUA. "Peço a Deus que Obama saiba de uma coisa que está na minha cabeça: ele não pode errar porque, senão, nenhum outro negro será eleito no país porque o preconceito é muito forte", completou.
Como segundo conselho a Obama, recomendou não repetir a mesma fórmula de seus quatro primeiros anos na Casa Branca durante seu segundo mandato. Desconheceu, entretanto, a dinâmica americana, que faz o segundo e último mandato da carreira de um presidente o seu momento para entrar na História e no grupo dos líderes consagrados do país. 

Lula foi além e comentou que  "não queria" candidatar-se em 2006. "Eu tinha medo. O segundo mandato é tão perigoso que, se o presidente fizer o mesmo que no primeiro, ele já fracassou", afirmou, para em seguida sugerir que a agenda de desenvolvimento por ele formulada no segundo mandato será suficiente para o Brasil se consolidar como a "quinta economia do mundo até 2016". (Estadão)

Nenhum comentário:

Postar um comentário