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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Vale a pena ler: Morena Marina, você se pintou

Por Ruth de Aquino, revista Época.
Marina, você faça tudo, mas faça o favor. Não mude o discurso da ética, que é só seu. Marina, você já é respeitada com o que Deus lhe deu. O povo se aborreceu, se zangou, e cansou de falar. Lula e Dilma estão de mal com você e não vão perdoar. Mas o eleitor não poderia arranjar outra igual para embaralhar o jogo sonolento da sucessão em 2014. Pelo menos num dos turnos, vamos discutir princípios e fins. E principalmente os meios.

A abertura desta coluna é um plágio. De mim mesma. Só o ano foi trocado no parágrafo: de 2010 para 2014. Assim abri, há quatro anos, um artigo em ÉPOCA. Parece atual.

Não interessa em quem o povo brasileiro – obrigado por uma lei antidemocrática a ir às urnas – votará para presidente. Se a ideologia influencia pouco a escolha e se ninguém mais sabe o que é esquerda e direita, porque todos comem caviar, viram censores e bebem uísque quando estão ricos, famosos e no poder, a guerra verdadeira envolve propaganda, benesses e mentiras cínicas.

O voto é decidido por emprego e inflação, educação e saúde, mas também por simpatia, esmola, promessas e demagogia. O bolso e as bolsas fazem uma diferença absurda no Brasil profundo.
 
Marina Silva e Eduardo Campos. 
Por que falar bem de Marina? Não tenho religião, não simpatizo com os evangélicos e lamento a minha generalização – elas costumam ser injustas.

O pastor deputado Marco Feliciano, agora ansioso para expulsar gays de cultos, porque só pensa naquilo, não ajuda os evangélicos a construir imagem de tolerância. Não significa que todos os evangélicos rezem pela mesma cartilha fanática. É um erro definir alguém por sua crença ou ausência de fé.
Leia a íntegra em Morena Marina, você se pintou

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