Deputados e senadores aprovaram na madrugada de hoje (21), em sessão do
Congresso Nacional, projeto de resolução que anula a sessão do Congresso
Nacional de abril de 1964 que declarou vaga a Presidência da República,
no mandato de João Goulart. A aprovação da medida permitiu o
estabelecimento da ditadura militar naquele ano. A proposta que propôs a
restituição histórica do ex-presidente é de autoria do senador Pedro
Simon (PMDB-RS), que fez um discurso emocionado da tribuna da Câmara.
“Foi uma das páginas mais tristes do Brasil. Aquela sessão foi ridícula,
estúpida, imoral. Quereremos reconstruir a história verdadeira do
país”, afirmou. A matéria segue para promulgação, que deve ocorrer em
sessão especial.
Jango estava no Rio Grande do Sul quando os
parlamentares o destituíram do cargo. João Vicente Goulart, filho do
ex-presidente, acompanhou a sessão no Congresso. O senador Randolfe
Rodrigues (PSOL-AP), um dos que apresentou a proposta junto com Simon,
avalia que a medida foi um golpe civil, feito por congressistas, e que
deu legalidade a um ato inconstitucional. “Hoje repararemos o gravíssimo
pecado que esta Casa cometeu contra a democracia. Hoje votamos a favor
da democracia e do Brasil”, declarou.
O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que o Legislativo teve a oportunidade histórico de reparar o que chamou de “mancha da história do Brasil”. “Para apreciar a matéria hoje (21), há acordo que contou com a participação de praticamente todos os partidos da Casa”, ressaltou.
Único a defender a rejeição da proposta no plenário, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) negou, da tribuna, que a sessão do Congresso Nacional daquela madrugada de 1º de abril para o dia 2 tenha sido ilegal. “As mulheres nas ruas exigiam a saída de Goulart. Toda a imprensa também pedia, assim como a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Igreja Católica, empresários e produtores rurais. Querem apagar um fato histórico. Isso é infantil”, disse.
Na última semana, os restos mortais de João Goulart foram levados para Brasília de São Borja (RS), cidade natal de Jango, onde foi realizado o trabalho de exumação. O objetivo é verificar se Jango morreu em decorrência de um ataque cardíaco, como divulgado na época, ou se foi envenenado por ordem da repressão brasileira, conforme alega a família dele. A cerimônia fúnebre na base aérea de Brasília contou com a participação de familiares de João Goulart, da presidenta Dilma Rousseff, do ex-presidente Lula e de ministros e parlamentares.
Exilado no Uruguai e na Argentina, Jango morreu em 1976 na cidade argentina de Mercedes. No Brasil, nesse período, a ditadura não permitiu que ele recebesse as devidas honras fúnebres concedidas a um chefe de Estado.
O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que o Legislativo teve a oportunidade histórico de reparar o que chamou de “mancha da história do Brasil”. “Para apreciar a matéria hoje (21), há acordo que contou com a participação de praticamente todos os partidos da Casa”, ressaltou.
Único a defender a rejeição da proposta no plenário, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) negou, da tribuna, que a sessão do Congresso Nacional daquela madrugada de 1º de abril para o dia 2 tenha sido ilegal. “As mulheres nas ruas exigiam a saída de Goulart. Toda a imprensa também pedia, assim como a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Igreja Católica, empresários e produtores rurais. Querem apagar um fato histórico. Isso é infantil”, disse.
Na última semana, os restos mortais de João Goulart foram levados para Brasília de São Borja (RS), cidade natal de Jango, onde foi realizado o trabalho de exumação. O objetivo é verificar se Jango morreu em decorrência de um ataque cardíaco, como divulgado na época, ou se foi envenenado por ordem da repressão brasileira, conforme alega a família dele. A cerimônia fúnebre na base aérea de Brasília contou com a participação de familiares de João Goulart, da presidenta Dilma Rousseff, do ex-presidente Lula e de ministros e parlamentares.
Exilado no Uruguai e na Argentina, Jango morreu em 1976 na cidade argentina de Mercedes. No Brasil, nesse período, a ditadura não permitiu que ele recebesse as devidas honras fúnebres concedidas a um chefe de Estado.
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