Como o DIÁRIO DO PARÁ antecipou na edição do último domingo, na reportagem “Sob suspeita, gestão de OS ameaça crescer”, a organização social Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social foi a grande vencedora da Convocação Pública (Edital de Seleção 001/2014) para gestão do Hospital Galileu, em Ananindeua. Dessa forma, a OS preferida do governador Simão Jatene, que desde 2011 fatura R$ 265 milhões ao ano para gerenciar os hospitais regionais de Santarém, Altamira, Marabá e o Metropolitano de Ananindeua, amplia ainda mais seu faturamento e os tentáculos na gestão da saúde pública no Estado. Agora gerencia cinco hospitais no Pará.
Com o hospital Galileu, já são cinco hospitais sob a gestão da Pró-Saúde
Os contrato de gestão com OSs podem ser renovados por até seis anos, prazo permitido por lei. Caso isso ocorra, a Pró-Saúde terá embolsado R$ 1,6 bilhão do governo do Pará no período. Nessa conta não entra o montante do contrato da Pró-Saúde com o Hospital Galileu, cujas cifras ainda não foram reveladas. Na última quinta-feira, quatro dias após a publicação da reportagem e no dia que o Diário Oficial do Estado publicou o resultado da convocação pública, a assessoria de imprensa local da OS encaminhou nota raivosa ao jornal tentando desqualificar as denúncias, afirmando que o DIÁRIO cria notícias “que simplesmente não existem”, usando “dados inverídicos”, que prejudicam “uma das mais respeitadas organizações sociais do Brasil”.
Contra fatos não há argumentos: o resultado da seleção confirmou a escolha da Pró-Saúde para gerir o Hospital Galileu, como foi antecipado pelo DIÁRIO, ficando claro à sociedade quem fala a verdade.
A OS se declara idônea na nota encaminhada ao jornal, mas omite que respondeu a uma ação civil pública impetrada pelo Ministério Público Federal no Tocantins que requereu a nulidade dos contratos firmados para administrar 17 hospitais públicos naquele estado por R$ 258.484.789 ao ano. Em caráter liminar, foi requerida a suspensão dos contratos de gestão firmados pelo Tocantins com a Pró-Saúde. (No Dol)
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