Por Mary Zaidan, jornalista
Ronaldo Fenômeno apoia Aécio Neves para a Presidência da República. Sim, ele já havia declarado isso algum tempo atrás, e disse de novo depois de fazer críticas à infraestrutura do Brasil que receberá a Copa do Mundo daqui a 15 dias. Foi chamado de oportunista, escorraçado, massacrado.
Mas qual é mesmo o pecado? Confessar sua vergonha com o fato de o País ter tido sete anos e não ter se preparado a contento para receber o Mundial, algo que nem a eternamente crédula Velhinha de Taubaté, se estivesse viva, discordaria - ou optar por Aécio? Claro, por ambos.
E por que Ronaldo não pode criticar? Por participar diretamente de uma comissão responsável pela organização da Copa? Teria ele cedido à síndrome de vira-lata, como insinuou a presidente Dilma Rousseff? Que nada.
Ora, não há quem deixe de criticar, ainda que intramuros, se escondendo. Não raro escorregando, pisando feio na bola, marcando gol contra.
Quer crítica mais feroz do que a do ministro dos Esportes Aldo Rebelo ao tentar esconder a insegurança que assombra as cidades brasileiras? “Não creio que o Brasil vá trazer mais riscos, nem Manaus para os ingleses, do que o risco que eles enfrentaram nas províncias iraquianas, nas guerras que praticaram recentemente”.
Ou a da ministra do Planejamento, Miriam Belchior? “Mobilidade urbana não é essencial para a Copa”.
Isso sem contar o imbatível Lula, que exortou o público a usar transportes alternativos para chegar aos estádios da Copa - a pé, de bicicleta ou de jumento. Difícil críticas mais duras do que essas. Mas Ronaldo Fenômeno, ele, não. Ele não pode. É traição.
Ídolos como Chico Buarque, atores como Paulo Betti e José de Abreu, o genial Wagner Tiso podem apoiar Lula e Dilma sem qualquer patrulha. Ronaldo Fenômeno está proibido de criticar a infra para a Copa e, principalmente, de apoiar um opositor a Dilma. É antipatriótico.
Mas qual é mesmo o pecado? Confessar sua vergonha com o fato de o País ter tido sete anos e não ter se preparado a contento para receber o Mundial, algo que nem a eternamente crédula Velhinha de Taubaté, se estivesse viva, discordaria - ou optar por Aécio? Claro, por ambos.
E por que Ronaldo não pode criticar? Por participar diretamente de uma comissão responsável pela organização da Copa? Teria ele cedido à síndrome de vira-lata, como insinuou a presidente Dilma Rousseff? Que nada.
Ora, não há quem deixe de criticar, ainda que intramuros, se escondendo. Não raro escorregando, pisando feio na bola, marcando gol contra.
Quer crítica mais feroz do que a do ministro dos Esportes Aldo Rebelo ao tentar esconder a insegurança que assombra as cidades brasileiras? “Não creio que o Brasil vá trazer mais riscos, nem Manaus para os ingleses, do que o risco que eles enfrentaram nas províncias iraquianas, nas guerras que praticaram recentemente”.
Ou a da ministra do Planejamento, Miriam Belchior? “Mobilidade urbana não é essencial para a Copa”.
Isso sem contar o imbatível Lula, que exortou o público a usar transportes alternativos para chegar aos estádios da Copa - a pé, de bicicleta ou de jumento. Difícil críticas mais duras do que essas. Mas Ronaldo Fenômeno, ele, não. Ele não pode. É traição.
Ídolos como Chico Buarque, atores como Paulo Betti e José de Abreu, o genial Wagner Tiso podem apoiar Lula e Dilma sem qualquer patrulha. Ronaldo Fenômeno está proibido de criticar a infra para a Copa e, principalmente, de apoiar um opositor a Dilma. É antipatriótico.
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