Foi instalada, ontem (28), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)
Mista, formada por deputados e senadores, criada para investigar
denúncias de corrupção envolvendo a Petrobras. Abaixo, cinco razões
pelas quais a CPI não dará em nada:
1) O senador Vital do Rêgo
(PMDB-PB) foi eleito presidente da CPI. Ele presidiu a CPI do Cachoeira,
que investigou negócios do bicheiro Carlos Cachoeira com políticos e
empresas. A CPI encerrou os trabalhos quando as apurações chegaram a
negócios suspeitos de empreiteiras com o governo federal. Além disso,
ele já preside a CPI da Petrobras exclusiva do Senado, que em nada
acrescentou às investigações em curso.
2) O senador Gim Argelo
(PTB-DF) foi eleito vice-presidente. Gim foi indicado pela presidente
Dilma Rousseff para ser ministro do Tribunal de Contas da União. Abriu
mão da vaga após pressão de funcionários do TCU. Gim responde a vários
processos no Judiciário. É leal a Dilma.
3)
Quem será o relator? O deputado Marco Maia (PT-RS). Ele foi presidente
da Câmara e é aliado do ex-líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-RS).
Não fará nada que desagrade Dilma.
4) Desinteresse da oposição. A
oposição faz barulho, mas não acredita mais na CPI. Os oposicionistas
queriam desgastar a imagem de Dilma. Conseguiram. Dilma caiu nas
pesquisas de intenção de votos e viu aumentar o índice dos adversários
Aécio Neves e Eduardo Campos.
5) Há uma série de eventos pela
frente que servirá para esvaziar o Congresso - e, por tabela, a CPI:
Copa do Mundo, que começa em 12 de junho, as tradicionais comemorações
das festas juninas, recesso parlamentar (julho) e eleições para
deputados, senadores e governadores em outubro.
Fonte: Blog do Noblat
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