Desde então, Cantalice tem sido alvo de inúmeros ataques. Numa interpretação peculiar do artigo, Reinaldo Azevedo leu que o vice-presidente do PT emitia palavras de ordem para os militantes que justificariam até agressões a esses nove personagens. Em seguida, o comparam ao alemão Goebbels, propagandista do nazismo. Hoje, Ricardo Setti, em Veja, o chama de "energúmeno" (veja aqui).
Indignado, Cantalice decidiu reagir. "O comportamento organizado dessa turma só mostra que eu tinha razão", disse ele ao 247. "Eles agem em bloco para desmoralizar a atividade política e criminalizar o PT. Podem continuar dizendo o que quiserem. Mas não estão acima da crítica. Não são intocáveis, acima do bem e do mal".
Cantalice prossegue em seu raciocínio afirmando que os mesmos colunistas são saudosos de um tempo de menor liberdade no debate público. "Eles gostariam de ser as vozes do quarto poder, um poder ilegítimo, não eleito pelo povo. Não vou recuar, nem me intimidar a eles, porque eles é que são os verdadeiros censores e tentam calar e ridicularizar todas as vozes que pensam diferente", afirma. "Se dependesse dessa turma não haveria a internet, mas apenas as opiniões de seus patrões que eles vocalizam no rádio, na televisão e nos jornais impressos".
Nesta segunda-feira, o PSDB divulgou uma nota sobre a suposta "lista negra de Cantaliece" (leia mais aqui). "Que lista negra é essa? Eles podem escrever o que quiserem. O problema é de quem lê. Só escrevi que eles foram desmoralizados porque previram o fiasco da Copa. Agora, o PSDB é que deveria explicar por que tentou censurar um livro, o Privataria Tucana, e por que tenta calar e sufocar a internet".
Cantalice diz ainda que irá consultar advogados para ver que providências tomar em relação a Reinaldo Azevedo, que o comparou ao nazista Goebbels (leia aqui). "Eles fazem essas atrocidades e depois eu é que sou o nazista? Onde já se viu o PT, que tem vários jornalistas e tem um histórico em defesa da liberdade de expressão, querer censurar jornalista?" (Brasil 247)
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