O senador José Sarney (PMDB-AP), de 84 anos, não será candidato à
reeleição. A informação foi divulgada nesta segunda-feira pela
assessoria do parlamentar no Amapá. No texto, o ex-presidente da
República cita razões pessoais para tomar a decisão. "Entendo que é
chegada a hora de parar um pouco com esse ritmo de vida pública que
consumiu quase 60 anos de minha vida e afastou-me muito do convívio
familiar", diz o parlamentar no texto.
Até poucos dias antes do anúncio, Sarney se movimentava para a disputa de mais um mandato no Senado neste ano. A própria ida da presidente Dilma Rousseff a Macapá, ontem (23), foi interpretada como um afago ao senador perto do início do período eleitoral. No evento, Sarney acabou vaiado por parte do público presente.
Até poucos dias antes do anúncio, Sarney se movimentava para a disputa de mais um mandato no Senado neste ano. A própria ida da presidente Dilma Rousseff a Macapá, ontem (23), foi interpretada como um afago ao senador perto do início do período eleitoral. No evento, Sarney acabou vaiado por parte do público presente.
Se tentasse se reeleger, José Sarney não teria um caminho
tranquilo. Desde que deixou a presidência do Senado, no começo do ano
passado, o ex-presidente da República havia perdido influência no
Congresso. Antes disso, com a derrota de seu grupo nas eleições de 2010,
também vira seu poder diminuir no Amapá. Enquanto isso, no Maranhão, o
ex-presidente teve dificuldades para indicar um substituto à atual
governadora, sua filha Roseana Sarney (PMDB).
José Sarney assumiu seu primeiro cargo eletivo em 1955, como deputado
federal. Ele teria mais dois mandatos na Câmara. Depois foi governador
do Maranhão e senador pelo Estado por três vezes consecutivas antes de
chegar à Presidência da República, no lugar de Tancredo Neves, em 1985.
Após o fim do mandato, ele voltou ao Senado: elegeu-se pelo Amapá nas
eleições de 1990, 1998 e 2006.
O parlamentar presidiu o Senado por quatro vezes. A última delas,
entre 2011 e 2013. A passagem de Sarney pelo cargo foi marcada pelo escândalo dos atos secretos, quando a imprensa revelou a existência de nomeações e concessões de benefícios irregulares, que nunca foram tornadas públicas pelos órgãos
oficiais do Senado.
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