Estar bem na fita, para os candidatos em
tempos de eleição, não é estar apenas bem nas pesquisas ou antenado às
principais demandas da população. É estar, literalmente, bem na foto.
Ex-guerrilheira, Dilma adota perfil conservador nos salões de beleza
A imagem radical de Dilma Rousseff, que pegou
em armas durante a ditadura militar, ficou nos anos 60. A atual
presidenta da República adotou um tom moderado tanto no discurso quanto
no visual.
Se dependesse do cabeleireiro da presidenta, Celso Kamura, a mudança seria maior. A voz em tom de lamento mostra uma frustração em relação ao perfil de Dilma Rousseff no salão.
A gente nunca muda muita coisa. Ela é muito conservadora”, diz Kamura, o “beauty stylist” oficial do Palácio do Planalto que se divide também entre Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas.
O termo em inglês é o preferido por Kamura. Mais chique do que simplesmente cabeleireiro. A ousadia, no entanto, fica para os demais clientes. O máximo que conseguiu com a presidenta foi clarear os cabelos, num estilo proposto por ele, inspirado na estilista venezuelana Carolina Herrera, considerada uma das mulheres mais bem vestidas no mundo ainda aos seus 75 anos.
“O que a gente consegue variar com a presidenta é a cor do cabelo, às vezes mais claro, noutras mais escuro. Mas não vai além disso. O conceito não mudou muito. Não só no cabelo como na maquiagem. Mudou, mas muito pouco nos últimos anos”, diz Celso Kamura.
Se no discurso ideológico, a presidenta está num campo oposto ao de Aécio Neves, no campo estético eles estão mais parecidos do que nunca. A opção da presidenta é exatamente a mesma do senador tucano: praticidade.
“É o que ela me pede. Não quer ter trabalho. Passa a mão para trás e está tudo certo”, diz Kamura.
Para acertar o topete, em ocasiões especiais, a presidenta admite um bobs de velcro na franja. O corretivo alemão Kryolan, caro, mas eficiente para as olheiras, também está sempre na bolsa, sobretudo agora, com a subida de Marina Silva nas pesquisas. (O Dia)
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