A Igreja Católica reprovou nesta terça-feira o suicídio assistido da americana Brittany Maynard,
classificando como um “absurdo” sua decisão de pôr fim à própria vida.
Para o monsenhor Ignacio Carrasco de Paula, que chefia a Pontifícia
Academia para a Vida, órgão do Vaticano responsável por temas de
bioética, “o suicídio assistido é um absurdo”.
"Essa mulher pôs fim a sua vida achando que morreria com dignidade,
mas isso é um erro. Suicídio não é uma coisa boa. É uma coisa ruim
porque diz não para a vida e para tudo que ela representa com relação à
nossa missão no mundo e para com aqueles que nos cercam. Dignidade é uma
coisa diferente de colocar fim a sua própria vida", disse ele, em
entrevista para a agência italiana de notícias Ansa.
A jovem de 29 anunciou há semanas que havia decidido abreviar a
própria vida depois de ser diagnosticada com um câncer no cérebro. Ela
não queria sofrer mais com as dores e convulsões causadas pelo tumor e
com os fortes efeitos adversos do tratamento paliativo – o tumor estava
em um estágio irreversível. Em um depoimento à CNN publicado em outubro,
a americana falou exatamente em morrer com dignidade: "Eu rapidamente
decidi que a morte com dignidade era a melhor opção para mim e para a
minha família", escreveu Brittany.
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