“Existe o claro propósito da Assembleia Geral, presidida pelo Dr. Robério D'Oliveira, de beneficiar uma chapa. Quando ele anulou a eleição e prorrogou o mandato do Zeca Pirão até a data da nova eleição, era um protecionismo claro, absurdo, porque ele era um dos concorrentes, era um dos litigantes do processo anulatório”, explicou o advogado da chapa 2 (encabeça por Pedro Minowa e Henrique Custódio) Hamilton Guedes em entrevista a Rádio Clube do Pará nesta quinta-feira (11).
De acordo com Hamilton, a manipulação da nova eleição, na tentativa de favorecer a chapa de Pirão, através da Resolução nº 02, de 11 de novembro de 2014, afronta o Estatuto do Remo, que estabelece que para regularizar as pendências de inadimplência quanto ao pagamento da mensalidade do clube só poderia ser feita 30 dias antes da eleição, ou seja, dia 13 de novembro, e não como diz a resolução, que prorroga o prazo de regularização para o dia 30 de novembro.
“Desta forma, todo mundo correu para se regularizar e ganhar a condição de votante. Se não bastasse isso, há um artigo muito claro do Código Eleitoral Brasileiro, que diz que em caso de eleição anulada, o novo pleito que vai substituir tem que manter as mesmas regras, as mesmas normas. Tudo isso foi desrespeitado”, ressalta o advogado.
A eleição no Clube do Remo entraria definitivamente na era da democracia do voto, com a realização da primeira eleição presidencial com o voto direto do associado. “Essa eleição do Clube do Remo está jogando fora a oportunidade de se tornar histórica na vida do clube, porque seria a primeira ocasião em que haveria uma eleição com a participação do torcedor, uma eleição limpa e democrática, mas não está sendo”, desabafou Hamilton. (Dol)
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