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terça-feira, 24 de março de 2015

Presos da Lava Jato vão dividir celas e banheiros na Grande Curitiba

Os 12 presos da Operação Lava Jato que serão transferidos para o Complexo Médico Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, vão dividir cinco celas da unidade. O grupo teve a transferência autorizada pelo juiz federal Sérgio Moro, após um pedido da Polícia Federal, que alegou superlotação na carceragem da Superintendência de Curitiba, onde eles estão atualmente.
. Nas celas cabem três presos, que compartilham o banheiro (Foto: Tony Matoso/RPC)
Nas celas cabem três presos, que compartilham o
banheiro
Os presos respondem a processos por crimes como lavagem de dinheiro, corrupção e fraudes em licitações da Petrobras. Esses crimes, segundo o Ministério Público Federal, foram cometidos para abastecer o caixa de partidos políticos da base aliada do governo. A Operação Lava Jato desmantelou essa quadrilha que agia na estatal e também em outros casos de lavagem de dinheiro.

A ala que os presos da Lava Jato vão ficar é destinada a receber presos que possuem nível superior e policiais. A transferência dos detentos deve ocorrer na terça-feira (24). Não se sabe como será a divisão dos presos nas celas. Na Polícia Federal, eles também ficavam em celas compartilhadas, porém, com mais pessoas no mesmo espaço. 
 
Em cada cela, cabem três presos. Nenhum dos 12 transferidos recebeu qualquer condenação nos processos da Lava Jato, mas tiveram as prisões preventivas já decretadas pela Justiça Federal, ou seja, devem ficar presos até que se acabe a fase de instrução do processo ou até a eventual condenação. Entre os detentos está o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque. Veja a lista completa:
- Adir Assad, empresário apontado como um dos operadores do esquema de corrupção;
- Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor-presidente da área internacional da OAS;
- Erton Medeiros Fonseca, diretor de negócios da Galvão Engenharia;
- Fernando Antônio Falcão Soares, lobista conhecido como Fernando Baiano, apontado como um dos operadores do esquema de corrupção na Petrobras;
- Gerson de Mello Almada, vice-presidente da empreiteira Engevix;
- João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa;
- José Aldemário Pinheiro Filho, presidente da OAS;
- José Ricardo Nogueira Breghirolli, apontado como contato de doleiro com a OAS;
- Mário Frederico Mendonça Góes, apontado como um dos operadores do esquema;
- Mateus Coutinho de Sá Oliveira, funcionário da OAS;
- Renato de Souza Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras;
- Sérgio Cunha Mendes, vice-presidente executivo da Mendes Júnior

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