O Banco Central decidiu aumentar ontem a taxa básica de juros (Selic) para 13,75% ao ano. O ritmo de 0,50 ponto porcentual de alta é o mesmo desde dezembro do ano passado e já era, portanto, amplamente aguardado pelo mercado financeiro. A última vez que a taxa chegou a esse patamar foi em dezembro de 2008, no auge da crise financeira internacional.
Essa é a sexta alta consecutiva da Selic, movimento iniciado logo após a eleição presidencial, no ano passado. Para o BC, porém, a contagem é ainda mais antiga. A elevação começou em abril de 2013, ficou estacionada de maio a setembro de 2014 e foi retomada em outubro.
Repercussão. O comunicado vago não deu pistas concretas se o Copom voltará a elevar a Selic em mais 0,50 ponto porcentual na reunião do final de julho. Trata-se de uma estratégia, dizem analistas de mercado, para deixar a porta aberta para qualquer decisão.
Para Alberto Ramos, diretor de pesquisas para a América Latina do banco Goldman Sachs, a decisão do BC e a repetição do comunicado foram corretas. Elas podem ajudar baixar as expectativas de mercado em relação à inflação de 2016. O BC, na visão de Ramos, ganha tempo para analisar a inflação, o câmbio e a economia até a próxima reunião do Copom.
Nenhum comentário:
Postar um comentário