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quinta-feira, 4 de junho de 2015

Del Nero prepara sua sucessão na CBF e pode até renunciar

Del Nero pode até anunciar sua renúncia na assembleia extraordinária
Enfraquecido no cenário internacional com perda de prestígio no Comitê Executivo da Fifa e também na Conmebol, Marco Polo Del Nero começa a preparar sua saída da CBF. Ele pode até anunciar sua renúncia na assembleia extraordinária que marcou para a próxima quinta-feira, dia 11. Para isso, costura um acordo para fazer o sucessor.

Oficialmente, a assembleia é para, entre outros itens, apresentar aos presidentes de federação a “reforma parcial do estatuto’’ da CBF. Uma das medidas seria limitar a uma reeleição o mandato do presidente, de quatro anos. Seria uma maneira de atender ao que diz a MP do Futebol. Mas se até lá estiver mais enfraquecido do que hoje, considera a hipótese de renunciar.

O problema, nesse caso, é que ele quer deixar no poder uma pessoa de sua confiança, o presidente da Federação Capixaba Marcus Vicente. Só que, pelo estatuto atual, o sucessor seria Delfim Peixoto, da Federação Catarinense, por ser o mais velho dos vice-presidentes, depois que José Maria Marin foi afastado da entidade.

Peixoto, porém, nunca gozou da confiança de Del Nero e tornou-se desafeto ao condenar o abandono do atual presidente da CBF a Marin e por dizer que está pronto para assumir a presidência. O catarinense, aliás, entende que Marco Polo está tentando dar um golpe para evitar que ele assuma. “Essa história de mudança no estatuto é para me impedir de assumir, mas não ficarei em silêncio.’’

De qualquer maneira, Del Nero ainda tenta sobreviver, embora saiba que se aparecer alguma denúncia que o envolve não vai conseguir resistir. Sua sustentação política está centrada nas federações, com quem já se reuniu na terça-feira.

Dos 27 Estados, recebeu apoio de 24 no encontro. Apenas três são opositores declarados: Francisco Novelleto, do Rio Grande do Sul, Hélio Cury, do Paraná, e Delfim. 

A costura com os clubes é o outro grande desafio da CBF. Embora ainda tenha o apoio formal da maioria deles, vários dirigentes afirmam que é o momento de mudanças mais profundas. Fala-se até na criação de uma liga independente, que seria formada por clubes de Minas Gerais, Rio e Rio Grande do Sul.

“Existe uma grande ansiedade dos clubes brasileiros por mudanças. Tivemos algumas tentativas infrutíferas no passado e, diante da crise mundial, aumentam as expectativas e a vontade, mas ainda não temos nada concreto”, afirma Mario Celso Petraglia, presidente do Atlético Paranaense.

Para tentar conter o movimento antes mesmo que ele se fortaleça, a CBF quer acalmar os dirigentes e marcou uma reunião com eles para segunda-feira. “Não sei qual será o tema da reunião”, confirmou Vitorio Piffero, presidente do Internacional. Por meio de sua assessoria, a presidência do Flamengo afirmou que o tema da reunião será a MP que estabelece as regras para refinanciamento das dívidas dos clubes de futebol.

Isolado
Del Nero perdeu o apoio dos cartolas ligados à Conmebol depois de ignorar a ameaça dos dirigentes sul-americanos de não votar em Blatter. A ameaça seria uma pressão para que o continente não perdesse a quinta vaga na Copa de 2018 na repescagem.

Del Nero foi contra o “boicote” desde o início e continuou ignorando a estratégia dos cartolas até o fim. Tanto que determinou ao presidente da Federação Cearense, Mauro Carmélio, que representou o Brasil na eleição, que votasse em Blatter. Além disso, sua decisão de voltar ao Brasil antes da eleição na Fifa fez com que perdesse prestígio não só com Blatter, mas com os membros do Comitê Executivo.

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