— Como nossa cabeça em junho de 2014 estava voltada para as eleições, isso aqui (PNE) foi sancionado como se fosse uma coisa qualquer. Não houve um ato, não houve uma convocação, uma grande manifestação, para lançar um plano de educação dessa envergadura. Isso passou lá, ninguém dever ter falado para a presidente que isso era importante. (Ela) foi lá, tem que sancionar 50 coisas, sancionou, e a gente não fez um ato, - afirmou Lula.
Ao grupo, o ex-presidente se disse assustado com a falta de ação e afirmou que o PNE, que completou um ano ontem, deve ser usado pelo PT e pelos movimentos sociais como um “instrumento político” para sair do foco econômico.
— Eu fiquei assustado porque uma coisa dessa envergadura foi aprovada e o partido e o movimento social, a gente pouco fala disso. E eu saí daqui com a ideia de transformar esse plano em um instrumento politico que envolvesse os governos federal, estaduais e municipais. Um instrumento político que pudesse fazer com que o movimento sindical e movimento social saíssem da luta eminentemente economicista e passassem discutir outras coisas importantes que estão na pauta da sociedade, estão no nosso nariz. Como já fizemos isso (PNE), e a gente não fala nada.
Lula pediu empenho aos políticos para o cumprimento das metas do PNE e que os movimentos cobrem a execução. O prazo, previsto na lei do Plano Nacional de Educação (PNE), para elaboração dos planos municipais e estaduais terminou na quarta-feira. Segundo o Ministério da educação, cerca de 90% dos municípios aprovaram os projetos de lei.
Segundo Lula, o engajamento da população e da sociedade em torno das metas do PNE é de suma importância para a mlehoria da qualidade educacional do país. “A ideia básica é fazer com que as metas do PNE estejam na parede da fábrica, nos ônibus, para as pessoas saberem que têm de cobrar do prefeito, do diretor da escola”, disse. “Temos que sair daqui sabendo o que vamos fazer amanhã”, completou. O PNE foi sancionado pela presidente Dilma Rousseff no ano passado e estabelece metas para o avanço educacional até 2024.
“Não há Pátria Educadora [atual slogan do governo federal] sem PNE”. “Queremos fazer territórios educadores, cidades educadoras, bairros educadores. Uma revolução", afirmou o ministro Janine Ribeiro. Para Janine, a economia não impede o avanço da educação: "neste ano de crise, o que não fizermos por falta de dinheiro vamos melhorar em qualidade".
“Temos uma sociedade que, por um lado, clama por educação e, por outro, não dá apoio a isso. O MEC tem que ser o protagonista dessas ações, daí a importância da articulação entre governo, estados e municípios”, destacou.
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